Economia

Resmas de startups (de fora da UE) a caminho de Coimbra. Nem adivinha quem promete!

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 horas atrás em 26-09-2025

 Coimbra Tech Challenge registou mais de 100 candidaturas de ‘startups’ de fora da União Europeia, num evento que tem o objetivo de atrair e fixar algumas empresas promissoras na cidade, adianta a Lusa.

O evento, organizado pela Câmara de Coimbra, Instituto Pedro Nunes (IPN) e a empresa americana Impact, vai decorrer de 19 a 23 de outubro, altura em que uma seleção de cerca de dez ‘startups’ poderá conhecer o ecossistema académico e empresarial local e as condições de fixação na cidade.

O Coimbra Tech Challenge, que é patrocinado por várias empresas portuguesas de grande dimensão, vai assegurar a viagem e estadia das cerca de dez ‘startups’ selecionadas, sendo-lhes oferecido um programa de incubação gratuito durante seis meses, assim como local de trabalho, num espaço da Câmara de Coimbra no Pátio da Inquisição, onde até há seis meses estavam instalados serviços camarários, disse à agência Lusa o presidente da incubadora IPN, João Gabriel Silva.

PUBLICIDADE

Segundo o responsável, não se conhece nenhum programa semelhante no país desenhado para atrair ‘startups’ vindas de fora da União Europeia, dando nota que todos os anos entram no mercado único “dezenas de milhares de ‘startups’ vindas dos sítios mais diversos do mundo”.

Aliás, no próprio IPN há “três ou quatro de fora da União Europeia”, que ali chegaram por iniciativa das empresas, mas “sem proatividade alguma”, constatou.

“A ideia agora é sermos efetivamente proativos. E isso significa conseguir um aumento significativo do número de ‘startups’ que de qualquer modo vinha para a Europa e, porque não, ficar aqui em Coimbra”, vincou.

O evento procura juntar alguns argumentos para mostrar que Coimbra consegue ser competitiva na atração de algumas dessas empresas, disse, notando que as mais de 100 candidaturas mostram que há esse interesse.

Entre os países mais representados, estão “Israel, Índia, África do Sul, Brasil, Estados Unidos e Reino Unido”, com empresas de setores como a saúde, mobilidade, energia e telecomunicações, referiu, esclarecendo que a seleção final de cerca de dez ‘startups’ ainda está a ser ultimada.

Com a entrada no evento, as dez empresas são convidadas a instalarem-se em Coimbra, num projeto que assegura também uma proximidade junto da Câmara de Coimbra, mas também das empresas patrocinadoras que poderão ser potenciais clientes ou parceiros em negócios, como a Brisa, Visabeira, Morais Leitão, NOS, Santander e Semapa.

“Não sabemos se vão ficar todas. De qualquer forma, o facto de se terem candidatado é porque há algum interesse. Depois se vão concretizar ou não, depende de eles acharem se há vantagens aqui”, afirmou João Gabriel Silva.

Para isso, o presidente do IPN acredita que há argumentos que possam facilitar essa fixação, nomeadamente a associação de grandes empresas ao projeto, mas também um ecossistema de empresas já instaladas em Coimbra e a presença de instituições de ensino superior.

O projeto quer que as empresas se “sintam acolhidas”, num evento que dará também a conhecer a cidade, que “é extremamente atrativa” enquanto espaço para se viver, disse.

Para João Gabriel Silva, o facto de a cidade ter uma incubadora como o IPN que se mantém no topo de alguns rankings e ter empresas como a Feedzai, considerada um unicórnio (avaliada em mais de mil milhões de dólares), ou a Critical Software pode mostrar que “é possível chegar a esse patamar a partir de Coimbra”.

Sendo ‘startups’, o espaço previsto no Pátio da Inquisição prevê uma utilização em regime de ‘cowork’, face às características das empresas, numa fase inicial de desenvolvimento e com uma força de trabalho ainda pequena.

O evento é “uma das concretizações do Baixinova”, uma estratégia para atrair atividade internacional para Coimbra, sendo um “processo próximo” do projeto de atração adjudicado pelo município à empresária Nirit Harel, que está também associada ao Coimbra Tech Challenge, a partir da sua empresa Impact.

O evento poderá vir a ter uma periodicidade anual.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE