O candidato da coligação Juntos Somos Coimbra defendeu hoje a expansão futura do ‘metrobus’ – autocarro articulado em via dedicada -, ideia que recebeu o apoio de Luís Montenegro, que experimentou hoje aquele serviço, ainda a operar de forma preliminar.
O primeiro-ministro, que esteve em Coimbra na condição de presidente do PSD, experimentou hoje o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), no percurso entre o Vale das Flores e a Portagem, com o atual presidente da Câmara e recandidato, José Manuel Silva, ao seu lado, que foi explicando o sistema, as suas vantagens e o seu acolhimento por parte da população numa altura em que o serviço ainda não vai até à Lousã e Miranda do Corvo.
Aos jornalistas, o líder social-democrata disse que encontrou um “meio de transporte que é rápido”, com via dedicada, com frequências curtas e que é uma forma alternativa “à utilização dos carros”.
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“Nos próximos anos, aquilo que se pretende é que possa haver a expansão, que aproxime ainda mais zonas da cidade e da região”, afirmou Luís Montenegro, acreditando que o SMM, além dos impactos ambientais, terá um contributo para “uma economia também mais pujante”.
O projeto do SMM foi lançado ainda no Governo de António Costa (PS) e quando o executivo municipal era liderado por Manuel Machado (também PS).
Depois da viagem nos autocarros elétricos articulados do SMM, Luís Montenegro e comitiva do Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS-PP/NC/PPM/MPT/V) fez uma espécie de arruada improvisada pela Baixa de Coimbra.
Em declarações aos jornalistas, José Manuel Silva vincou que o próximo mandato será para “pôr o metro a funcionar em todas as linhas urbanas”, mas também “começar a desenhar – e já está previsto no Plano Ferroviário Nacional – a extensão a Cantanhede e a Condeixa-a-Nova”.
Para o recandidato, a expansão à margem esquerda e zona norte do concelho (e ligações a municípios vizinhos) tem de ser feita “para ontem” para que o serviço seja “verdadeiramente um sistema metropolitano de transportes”.
Questionado sobre a posição da candidata da coligação liderada pelo PS que defendeu que o traçado urbano em Coimbra não deveria estar a funcionar enquanto não fosse possível a ligação suburbana, José Manuel Silva disse que essa “é uma posição absolutamente incompreensível” que prejudicaria “os munícipes de Coimbra propositadamente”.
O autarca afirmou “que não faz sentido nenhum” atrasar “a entrada em funcionamento do troço urbano, quando ele estava pronto para entrar em funcionamento”.
“Como vemos, já está a servir diariamente milhares de pessoas que usam-no como transporte para o trabalho e que já está a reduzir o tráfego na cidade no seu trajeto”, vincou, não compreendendo que “uma candidata à Câmara de Coimbra queira prejudicar as pessoas de Coimbra”.
Além de José Manuel Silva, são candidatos a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra (PS/L/PAN); o vereador Francisco Queirós, pela CDU (coligação PCP/PEV); o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Maria Lencastre Portugal, pelo Chega; Sancho Antunes, pelo ADN; e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
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