Cerca de 2,9 milhões de euros (ME) vão ser investidos num projeto de mobilidade sustentável e inclusiva nas 12 aldeias históricas de Portugal, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico explicou que, em parceria com os municípios que integram a rede, foi conseguida a aprovação do projeto pela Linha +Interior Turismo do Turismo de Portugal.
O objetivo é “transformar a forma como as pessoas circulam nas 12 aldeias e entre aldeias, reduzindo o impacto ambiental e melhorando a qualidade de vida de residentes, visitantes e trabalhadores”, frisou.
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Para o presidente das Aldeias Históricas de Portugal, Carlos Ascensão, é assim dado “mais um passo firme” na concretização do compromisso de ser um território de referência em sustentabilidade.
“Queremos garantir que as nossas aldeias são cada vez mais acessíveis, inclusivas e ambientalmente responsáveis, preservando o património e melhorando a qualidade de vida de quem aqui vive e de quem nos visita”, afirmou.
Segundo Carlos Ascensão, “este é um desígnio coletivo que une inovação, coesão territorial e respeito pelo futuro das próximas gerações”.
A associação explicou que, do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável e Inclusiva da Rede, resultaram várias orientações que serão implementadas “no curto, médio e longo prazo, dada a sua dimensão transversal”.
Haverá condicionamento do acesso e circulação automóvel no interior das aldeias, ordenamento dos estacionamentos já existentes e serão criados parques de estacionamento naquelas que tenham défice desta infraestrutura. Também haverá um sistema de bicicletas partilhadas elétricas.
O encaminhamento da circulação pedonal no interior das aldeias, a correção de descontinuidades em passeios, a melhorias de acesso e sinalética e a implementação de zonas de emissões reduzidas são outras medidas.
No que respeita à telemática, haverá um sistema de contagem de fluxo de veículos e peões, contagem e encaminhamento dos veículos para a oferta de estacionamento e aplicação de sistemas inteligentes no apoio à gestão do estacionamento das aldeias.
Paralelamente, a associação e os municípios que integram a rede (Almeida, Arganil, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Idanha-a-Nova, Mêda, Sabugal e Trancoso) lançaram “um procedimento concursal coletivo para instalação de carregadores elétricos nas 12 Aldeias Históricas de Portugal, reforçando o contributo para a descarbonização dos transportes”.
A Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico frisou que este projeto está alinhado com a Estratégia Turismo 2027 e com a Agenda 2030 da ONU.
“Ao investir na mobilidade, o projeto visa proteger e valorizar o património e promover uma melhor coexistência entre residentes e visitantes”, sublinhou.
Há a expectativa de que este projeto “resulte num reforço da atratividade turística das Aldeias Históricas de Portugal, atraindo novos residentes e empreendedores, elevando a rede a um patamar superior de competitividade no panorama internacional”, acrescentou.
A rede integra as aldeias de Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.
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