Política

Bloco de Esquerda propõe habitação social dispersa e critica bairros-gueto em Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 20 minutos atrás em 25-09-2025

 O cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Coimbra defendeu hoje a disseminação de habitações sociais pelo tecido urbano da cidade, rejeitando o acantonamento de pessoas de baixo rendimento em bairros sociais.

“Temos tido como aposta principal, em matéria de habitação social especificamente, um princípio de descentralização, ou seja, tem que haver habitação social, mas ela tem que estar disseminada pelo tecido urbano da nossa cidade, do nosso concelho, mas sobretudo da nossa cidade”, destacou José Manuel Pureza.

O candidato do BE reuniu esta tarde com as associações de moradores do Planalto Norte, na sede da Associação de Moradores do Bairro António Sérgio, na União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades.

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À entrada para a reunião, o candidato do BE vincou à agência Lusa que “a política de guetos e de acantonamento de pessoas de baixo rendimento em bairros sociais contraria completamente as boas práticas nesta matéria”.

“Houve momentos em que a Câmara Municipal teve essa preocupação, pelos vistos agora não tem e é preciso que isso seja completamente corrigido”, acrescentou.

O antigo deputado do BE na Assembleia da República aproveitou para criticar “a fraca resposta em habitação social” que Coimbra tem tido, bem como a recente decisão do executivo liderado por José Manuel Silva nesta matéria.

“Há um investimento na habitação social que se concentra numa periferia do concelho, designadamente em Taveiro, através da conhecida urbanização da Quinta das Bicas. O doutor José Manuel Silva gosta sempre de dizer que a Câmara está a construir cerca de 300 habitações sociais, bom, 270 e muitas são na Quinta das Bicas e é um erro calamitoso que se comete, algo que devíamos ter aprendido desde os anos 70 e que já ninguém faz”, alegou.

Para além de defender a disseminação de habitações sociais pelo tecido urbano da cidade, José Manuel Pureza tem também como prioridade a consagração obrigatória de cerca de 25% das novas construções para habitação a preços controlados e acessíveis às pessoas.

“Nós sabemos que a fronteira entre habitação social e outras formas de habitação pública nem sempre é nítida, porque em Portugal ganha-se pouco, o salário é sempre baixo. Habitação social e habitação a preços controlados completam-se porque estamos a falar, quer de pessoas com muito baixos rendimentos, quer de pessoas que têm rendimentos baixos e, apesar de tudo, não cabem na categoria da habitação social”, concluiu.

Além de José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, são candidatos o atual presidente José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS/NC/PPM/V/MPT), a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra (PS/L/PAN), o vereador Francisco Queirós, pela CDU (coligação PCP/PEV), Maria Lencastre Portugal, pelo Chega, Sancho Antunes, pelo ADN, e Tiago Martins, pela Nova Direita.

O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.

As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.

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