A candidata da coligação liderada pelo PS Avançar Coimbra defendeu hoje um programa de apoio aos privados para a requalificação das fachadas na rua da Sofia e entendeu que a pedonalização parcial daquela via já poderia ter avançado.
“Desde que somos Património da Humanidade, esta rua, que foi integrada nessa candidatura, não teve intervenção”, criticou Ana Abrunhosa, que falava à agência Lusa depois de uma visita à associação Museu da Música de Coimbra, instalada na parte do Colégio da Graça, detida pelo Ministério da Defesa e onde funciona a Liga dos Antigos Combatentes.
A cabeça de lista da coligação Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN) defendeu vários investimentos na Rua da Sofia, nomeadamente um programa de apoio para reabilitar as fachadas dos colégios (que são, na sua maioria, de privados e com usos múltiplos) e “resolver os problemas que existem de iluminação pública”.
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Ana Abrunhosa propõe também a instalação na rua de um gabinete do município, em articulação com a associação Ruas (gestora do bem classificado), e de um espaço interpretativo “para mostrar às pessoas o que é a Rua da Sofia”.
Além destas medidas, a coligação defende avançar com a requalificação do sistema de águas e saneamento, cujo projeto da Águas de Coimbra já está pronto, ampliar os passeios e tornar aquela rua numa via de sentido único para transporte coletivo e individual.
Ao contrário do atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, e do seu antecessor, Manuel Machado, que defendiam a pedonalização parcial da Rua da Sofia após a conclusão do projeto do ‘metrobus’ na chamada via central, Ana Abrunhosa defendeu que essa intervenção já poderia ter sido feita.
“O que é que impediu de se fazer? Eu acho que poderia ter sido feito”, vincou, considerando que tem de ser dada outra prioridade ao peão naquela via.
Para Ana Abrunhosa, é “muito estranho”, numa rua classificada Património Mundial, ver tanta presença de carros.
A candidata salientou ainda que o projeto do ‘metrobus’ não pode ser desculpa para a falta de intervenção na Rua da Sofia.
“O metro impediu de recuperar as fachadas? O metro impediu de cuidar da iluminação pública? O metro impediu a harmonização do material publicitário no espaço público? Tudo isso a candidatura prevê e nós temos aqui as bandeirolas, as lonas, os painéis, os pendões, que deviam ser harmonizados. O metro impediu isso? O metro impediu criar sinalética adequada?”, questionou.
A cabeça de lista da coligação liderada pelo PS admitiu ainda que dificilmente no próximo mandato será possível adquirir colégios privados na Rua da Sofia, mas considerou que deve ser feito um esforço “a médio e longo prazo” de os comprar, requalificar e dar-lhes “novos usos”.
Questionada sobre a possibilidade de passagem da parte do Colégio da Graça do Ministério da Defesa para a Câmara de Coimbra, Ana Abrunhosa entendeu que, caso essa oportunidade surja, a vê com “muito bons olhos”.
Além de Ana Abrunhosa, são candidatos nas eleições de 12 de outubro o atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS/NC/PPM/V/MPT); Francisco Queirós, pela CDU (coligação PCP/PEV); o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Maria Lencastre Portugal, pelo Chega; Sancho Antunes, pelo ADN; e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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