Quase três quartos dos portugueses (74%) dizem-se interessados pela segurança alimentar e 56% partem do princípio que os alimentos à venda são seguros, de acordo com um inquérito Eurobarómetro hoje divulgado.
Segundo os dados do inquérito especial sobre segurança alimentar, a média da União Europeia (UE) sobre o interesse no tema foi de 72% e, no que respeita à confiança nos produtos no mercado, Portugal só é ultrapassado pela Suécia (61%), estando muito acima da média neste ponto (UE 41%).
O custo é, por outro lado, o fator que mais influencia a decisão dos portugueses quando compram alimentos, com 68% dos inquiridos a escolherem essa opção, acima dos 60% na média da UE, o quinto valor mais elevado e com a opção do preço (podiam ser escolhidas três, incluindo sabor, origem, segurança e conteúdo nutricional) a ser a mais selecionada em 20 dos 27 Estados-membros.
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Questionados sobre os principais riscos que associam aos alimentos, os portugueses optaram maioritariamente (34%) pela presença de contaminantes químicos (UE 28%).
Em linha com esta resposta, sobre que tópicos relacionados com segurança alimentar mais os preocupa, 72% dos inquiridos em Portugal selecionaram resíduos de pesticidas na comida, enquanto 71% da média da UE optaram por aditivos como cor, sabor e conservantes.
A presença de pesticidas nos alimentos é a principal preocupação dos portugueses (52%, UE 39%) e a primeira opção para comer melhor é a da redução das gorduras (57%), enquanto na UE (53%) de consumir mais frutas e legumes.
Os inquiridos em Portugal (85%, UE 89%) concordam ainda que os aspetos ambientais têm impacto na saúde e 83% (UE 86%) preocupam-se com as consequências dos estados das colheitas.
O bem-estar animal é um fator com impacto na saúde humana para 85% dos inquiridos em Portugal (UE 79%).
Por outro lado, a principal fonte de informação em Portugal sobre questões de segurança alimentar é a televisão (75%, UE 55%), sendo esta a taxa mais alta entre os 27 Estados-membros.
Portugal está ainda em segundo lugar na confiança em médicos como fonte segura da informação sobre riscos alimentares (95%, a par da Espanha e Suécia, ultrapassado pela Finlândia, com a Roménia a apresentar a menor taxa (76%) e a média da UE a situar-se nos 90%.
Uma maioria de 91% dos portugueses (UE 84%) confia também em investigadores públicos e universitários e 87% (UE 82%) em informação das organizações de consumidores.
Os agricultores são confiáveis para 92% dos inquiridos em Portugal (a segunda maior percentagem depois dos 94% da Finlândia), dez pontos percentuais acima da média europeia.
As autoridades nacionais são consideradas fidedignas para 87% dos inquiridos (UE 70%) e as europeias por outro tanto (UE 69%).
Em Portugal foram feitas 1037 entrevistas foram realizadas entre 26 de março e 16 de abril.
A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos publica o inquérito sobre segurança alimentar a cada três anos.
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