A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) vai fazer um relatório sobre os grandes incêndios deste ano para aprofundar o que se passou, disse hoje à Lusa o presidente daquele organismo.
Tiago Oliveira avançou que já pediu as fitas do tempo dos incêndios, meios alocados e custos associados.
“Assim que tivermos acesso às fitas do tempo, custo por evento, localização dos meios vai ser possível fazer uma análise dos grandes incêndios e aprofundamento dos porquês”, afirmou o presidente da AGIF aos deputados da comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, onde foi ouvido durante a tarde de hoje a pedido do Chega e do PCP.
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O relatório vai ser feito pela Subcomissão Nacional de Lições Aprendidas do Sistema de Gestão Integrado de Fogos Rurais (SGIFR), estrutura que integra a AGIF, tendo esta entidade produzido relatórios idênticos em 2022 para o incêndio que lavrou na Serra da Estrela e para os fogos que deflagraram em setembro de 2024.
Segundo dados do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), este ano deflagraram 7.486 incêndios rurais que consumiram 267.648 hectares, o terceiro pior ano em termos de área desde 2001 até 23 de setembro.
Os anos com área ardida superior, até ao dia de hoje, são 2003 (470 mil hectares) e 2005 (327 mil hectares) embora o ano mais trágico de sempre seja 2017, quando contabilizados os incêndios de outubro.
Os dados mostram que o número de incêndios têm vindo a diminuir, apesar deste ano os fogos terem registado o valor mais alto desde 2022.
As regiões mais afetadas pelos incêndios este ano são o Centro, com 185.461 hectares de floresta queimada, e o Norte, com 70.690 hectares.
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