Política
Candidato do PS envolve-se em “atropelamento” e perseguição com barra de ferro

Imagem: Susana Ramos/Facebook
Juvenal Silvestre, candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da União de Freguesias de Palhais e Coina, no concelho do Barreiro, encontra-se no centro de uma polémica após se envolver, na semana passada, num episódio violento que envolveu um alegado atropelamento e perseguição com uma barra metálica.
De acordo com um vídeo divulgado nas redes sociais, o antigo árbitro de futebol seguia numa carrinha branca quando foi abordado por um cidadão visivelmente exaltado. A troca de palavras entre os dois foi breve, mas rapidamente escalou.
As imagens mostram a viatura a recuar e, de seguida, a avançar em direção ao homem, atingindo-o lateralmente. A vítima cai momentaneamente, mas levanta-se, aparentemente sem ferimentos visíveis. Momentos depois, Juvenal Silvestre sai do veículo empunhando um objeto que parece ser uma barra metálica, alegadamente um tubo de canalização, e persegue o homem com quem discutia.
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Segundo a legenda do vídeo, Juvenal Silvestre terá chamado a GNR, alegando ser ele próprio a vítima do episódio.
O incidente terá origem em protestos contra uma fuga de água na via pública, que se prolongava há dez meses. O cidadão descontente terá colocado cartazes com a mensagem “Obrigado, PS-Barreiro”, criticando a alegada inércia da autarquia socialista. Na noite anterior, o candidato socialista terá removido os cartazes, o que terá motivado a abordagem do morador na manhã seguinte.
Juvenal Silvestre afirma ter sido agredido a pontapé depois de ter sido imobilizado para lhe ser retirada a barra, alegando que usava o objeto para ameaçar o cidadão. A vítima nega qualquer agressão.
A coligação AD – PSD/CDS à Câmara Municipal do Barreiro exigiu a renúncia imediata do candidato socialista. Num comunicado, o grupo classificou os atos como “graves e inqualificáveis”, afirmando que “quem recorre à violência, à intimidação e ao abuso de meios públicos não é digno de se apresentar a eleições”.
Por sua vez, o PS Barreiro utilizou as redes sociais para repudiar qualquer forma de violência, afirmando que reconhece como “intocável o direito à insatisfação, descontentamento e indignação, bem como a sua manifestação e liberdade de expressão”.
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