O Infarmed lançou um alerta sobre a crescente detecção de medicamentos contrafeitos para diabetes e perda de peso à venda em sites ilegais e promovidos nas redes sociais através de centenas de perfis falsos.
Entre os produtos identificados estão medicamentos como Ozempic, Mounjaro e outros cujo princípio ativo pertence à classe dos agonistas do recetor GLP-1, como semaglutido, liraglutido e tirzepatida.
Estes medicamentos só podem ser disponibilizados em farmácia com receita médica, e o seu consumo sem supervisão pode ter graves consequências para a saúde, alerta a autoridade nacional do medicamento.
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Nos últimos meses, verificou-se um aumento significativo na comercialização ilegal destes fármacos, que se destinam ao tratamento da diabetes tipo 2 e à perda de peso. O alerta foi inicialmente emitido pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e, em Portugal, pelo Infarmed.
As autoridades identificaram centenas de perfis falsos nas redes sociais e anúncios fraudulentos em plataformas de comércio eletrónico, muitos alojados fora da União Europeia. Alguns destes sites utilizam logótipos oficiais falsos e testemunhos fictícios para enganar os consumidores, pode ler-se na DECO PROteste.
O Infarmed sublinha que estes produtos não cumprem os padrões de qualidade, segurança e eficácia, podendo não conter a substância ativa indicada ou apresentar níveis perigosos de outras substâncias. O uso de medicamentos ilegais expõe os consumidores a problemas de saúde graves, interações perigosas com outros fármacos e compromete a eficácia de tratamentos legítimos.
Os agonistas do recetor GLP-1, como Ozempic e Mounjaro, devem ser utilizados sob supervisão médica e só podem ser adquiridos em farmácias autorizadas e em sites oficiais de farmácias online, identificados pelo logótipo regulamentar desde 1 de julho de 2015.
O Infarmed recomenda que qualquer pessoa interessada em tratamentos com estes medicamentos consulte o seu médico e nunca adquira produtos fora dos canais autorizados.
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