Portugal

Fogo no Algarve regista várias reativações

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 minutos atrás em 22-09-2025

Imagem: Ana Fernandes/Facebook

O incêndio que deflagrou no domingo, em Aljezur, no Algarve, e passou para o concelho vizinho de Lagos, mantém uma frente ativa e o vento está a causar reativações, que estão a ser combatidas, disse fonte da Proteção Civil.

O segundo-comandante regional da Proteção Civil do Algarve, Abel Gomes, fez um ponto de situação do fogo, pelas 15:30, e afirmou que, durante a tarde, o aumento da intensidade do vento causou várias reativações com potencial para alastrar, mas a pronta reposta das equipas de combate tem permitido manter o fogo com uma frente ativa e “sem aumentar muito o perímetro” afetado.

“Este é um incêndio em que, tal como tínhamos previsto, no período da tarde podíamos ter situações complicadas, como se estão a verificar. Por ação do vento moderado a forte estão a ocorrer várias reativações em todo o perímetro do incêndio, todas elas com elevado potencial de desenvolvimento”, disse o segundo-comandante regional do Algarve, em Alfambras, no concelho de Aljezur, no distrito de Faro.

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Abel Gomes destacou a “prontidão” com que os meios de combate ao fogo têm respondido a essas reativações do incêndio – que chegou a ter quatro frentes ativas – para garantir que, com “todos os meios que estão no teatro de operações, e com o apoio aéreo”, se consegue “fazer face” a essas ocorrências.

O segundo-comandante da Proteção Civil algarvia salientou que esse objetivo tem sido, até agora, alcançado, apesar de os próprios meios aéreos estarem a enfrentar “dificuldade em operar face à quantidade de fumo e à turbulência causada pelo vento”.

“Neste momento, não temos indicação de habitações em risco”, afirmou também a fonte da Proteção Civil, adiantando que o dispositivo está a “trabalhar em antecipação com a GNR” para a eventualidade de ser necessário retirar pessoas da linha do fogo.

“Não estamos a falar de evacuações, mas de um trabalhão de análise e prevenção para uma reação o mais atempada possível”, esclareceu.

Ao longo do dia, têm estado a ajudar no combate ao incêndio nove meios aéreos, alguns de coordenação, que têm acorrido a essas reativações para evitar que o fogo alastre, destacou.

A área afetada é composta por mato, mas há também zonas de pinhal, de eucaliptal e sobreiros, caracterizou Abel Gomes, frisando que a zona de mato foi mais atingida na parte inicial do incêndio.

“Neste momento, temos uma frente ativa com as várias reativações, mas o incêndio não aumentou muito o seu perímetro”, disse ainda Abel Gomes.

A Proteção Civil informara de manhã que o incêndio estava dominado em 70%, mantendo-se uma linha de fogo “preocupante” com cerca de oito quilómetros.

Abel Gomes explicou na ocasião que, nos cerca de 30% que restavam do fogo, havia “pontos preocupantes” e que podiam “ser uma complicação”.

“São zonas que não arderam, as designadas ilhas, que podem resultar em reacendimentos e provocar projeções devido ao vento moderado a forte que se regista”, apontou.

No balanço das operações de combate ao incêndio, o responsável referiu que o fogo teve uma velocidade de desenvolvimento “muito acentuada”, progredindo de 52 hectares por hora para 236 hectares, “colocando grandes desafios aos bombeiros”.

Questionado sobre danos pessoais ou materiais, Abel Gomes disse que se registaram nove feridos ligeiros, a maioria por inalação de fumos, e há o registo da destruição de uma casa de segunda habitação no concelho de Aljezur.

Nas operações estão envolvidos um total de 518 elementos das várias entidades que integram a Proteção Civil, com o apoio de 181 veículos e nove meios aéreos.

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