Saúde

1 em cada 5 pessoas sofre desta doença silenciosa que dá muita comichão

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 60 minutos atrás em 22-09-2025

No próximo dia 1 de outubro celebra-se o Dia Mundial da Urticária, uma doença que pode atingir até uma em cada cinco pessoas ao longo da vida.

De acordo com a médica imunoalergologista Sofia Campina, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), a urticária caracteriza-se pelo “aparecimento de manchas ou pápulas avermelhadas, elevadas em relação à pele normal, que provocam prurido intenso (comichão) e que desaparecem momentaneamente quando pressionadas”. Estas manifestações podem surgir em qualquer parte do corpo, duram de minutos a horas (nunca mais de 24 horas) e não deixam marcas.

A doença pode ser aguda ou crónica. Urticária aguda dura até seis semanas, é a mais frequente e pode afetar 10 a 20% da população pelo menos uma vez na vida, muitas vezes associada a um quadro infecioso. Urticária crónica mantém-se por mais de seis semanas e divide-se em dois tipos: Indutível, desencadeada por estímulos como frio, calor, exercício ou fricção; e espontânea, quando as lesões aparecem sem causa identificada.

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Um mesmo indivíduo pode apresentar simultaneamente manifestações espontâneas e reações ligadas a fatores físicos.

Segundo Sofia Campina, a urticária resulta de uma “resposta exagerada de algumas células da pele que libertam substâncias como a histamina”. Entre os fatores que podem agravar os episódios estão o stress, infeções, alguns medicamentos (como anti-inflamatórios) e variações hormonais.

O diagnóstico é clínico, baseado na observação das lesões e na história dos sintomas, uma vez que não existem testes específicos para confirmar a doença.

O tratamento é feito com anti-histamínicos, mas nos casos mais difíceis pode ser necessário ajustar doses ou recorrer a terapêuticas específicas que reduzem a atividade exagerada do sistema imunitário, sempre sob orientação médica.

“Perante a suspeita de urticária crónica espontânea, é fundamental o acompanhamento em consulta de Imunoalergologia”, sublinha a especialista da SPAIC.

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