Mais de três milhões de pessoas em Cuba são afetadas pela falta total ou parcial de abastecimento de água, noticiaram os meios de comunicação cubanos.
A escassez de água, que afeta cerca de 30% da população em Cuba, acontece devido à seca e à crise energética.
A falta de água deve-se também às avarias nas máquinas de bombagem (equipamentos que levam a água de um ponto para outro) e à deterioração das redes hidráulicas, que transportam a água, segundo as autoridades do setor.
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Na cidade Santiago de Cuba mais de 400 mil pessoas (40% da população) são afetadas pela seca persistente, segundo o Instituto Nacional de Recursos Hidráulicos do país.
As albufeiras (lagos artificiais) de Santiago de Cuba estão no “limite” e, no meio de um cenário complexo, estão a ser implementadas “estratégias sustentáveis e obras de emergência” para reduzir os efeitos da escassez, segundo a agência EFE.
A crise energética, com apagões prolongados que ultrapassam as 20 horas por dia em todo o país, agravou o problema.
Os cortes de energia provocam a paragem das bombas.
Após os cortes, quando a energia é restabelecida, os equipamentos de bombagem demoram várias horas a reiniciar.
Os sistemas de bombagem sofrem também avarias devido às oscilações no fornecimento de energia.
A falta de água foi também acrescentada à lista de queixas nos protestos contra os apagões registados nos últimos meses nas comunidades afetadas em Havana e Santiago de Cuba.
Cuba enfrenta uma crise económica desde 2020, segundo a Agence France-Press (AFP).
O sistema elétrico obsoleto sofre avarias frequentes e escassez de combustível.
As oito centrais elétricas do país foram quase todas inauguradas nas décadas de 1980 e 1990.
As centrais elétricas avariam regularmente ou têm de ser desligadas durante longas semanas para manutenção.
Durante o verão, quando o consumo atingiu o pico devido às altas temperaturas, os cortes de energia aumentaram.
Cuba atravessa a sua pior crise económica em 30 anos, segundo a AFP.
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