Educação

Professores enviam carta aberta a ministro a criticar recentes declarações

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 17-09-2025

Imagem: depositphotos.com

 A Fenprof enviou hoje uma carta aberta ao ministro acusando-o de desvalorizar o direito à manifestação, numa escola perante alunos “a quem deveria ser transmitido o valor da democracia e dos direitos que a sustentam”.

A maior estrutura sindical representativa de professores decidiu enviar hoje uma carta ao ministro Fernando Alexandre na sequência das suas declarações feitas perante mais de duas centenas de alunos da escola secundária Dr. Joaquim de Carvalho, na Figueira da Foz, onde defendeu que ao participarem em manifestações perdem a aura.

O ministro vincou não estar a criticar os professores que participaram em manifestações, reconhecendo que os docentes “foram muito maltratados em Portugal durante demasiado tempo”, em termos profissionais e sociais, mas a Fenprof não gostou do que ouviu.

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A Fenprof criticou as declarações de Fernando Alexandre “perante uma plateia repleta de crianças e jovens”, lembrando que aos professores “não têm faltado razões para se manifestarem”.

Além disso, acrescentam na carta a que a Lusa teve acesso, as lutas dos professores “sempre tiveram como objetivo o progresso: por melhores condições de vida e de trabalho, valorização social e material da profissão, estabilidade, reforço do investimento na Educação e concretização de uma escola pública democrática, de qualidade, inclusiva e para todos”.

A Fenprof recordou ainda que durante o Estado Novo, quando “era proibido e até muito perigoso fazê-lo”, muitos professores e educadores arriscaram e “nunca perderam a sua «aura» ou diminuíram a sua condição profissional e de cidadania”.

Na carta, a federação pede ao ministro que se olhe para a “prolongada ausência de soluções estruturais” que impedem a valorização da profissão e agravam a falta de professores nas escolas

A Fenprof sublinha ainda na carta o facto de Fernando Alexandre pertencer a um governo que “já confirmou a intenção de atacar outros direitos fundamentais”, como o exercício do direito à greve.

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