Plano Pastoral para o período 2025-2028 foi apresentado terça-feira no Museu Nacional Machado de Castro.
Na conferência de imprensa, o Bispo de Coimbra D. Virgílio Antunes mostrou-se agrado pelo tema escolhido para os próximos três anos apontarem para “uma mudança de paradigma e atitude” na Diocese de Coimbra.
“Temos gasto muito tempo a cuidar da dimensão institucional e do ramo administrativo da Igreja e, porventura, temos menos tempo a cuidar das pessoas e a ajudar a fazer caminho na busca da espiritualidade cristã. É missão da Igreja e por isso procurarmos propor, proporcionar e ajudar a criar condições e meios para este encontro com Jesus”, referiu na conferência de imprensa.
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Na intervenção, o prelado disse que “neste plano pastoral constitui-se a possibilidade para uma mudança de paradigma e atitude dentro das próprias comunidades cristãs, que o plano seja ponto de partida, para que sejam comunidades de portas abertas”.
O título e mote do novo Plano Pastoral tem como título “No espírito de Cristo está toda a nossa vida”. Na prática, convida a viver a “espiritualidade cristã na comunidade, como casa; na Palavra, como revelação; na Eucaristia, como alimento; e no mundo, como missão.”
A socióloga Daniela Sofia Neto considerou o plano pastoral como “uma resposta lúcida e esperançosa a este tempo de mudança de época”.
“Reconhece a sede espiritual do nosso tempo, mas também os riscos das propostas alienantes. E propõe precisamente uma espiritualidade incarnada, enraizada em Cristo, relacional, comunitária, missionária, capaz de transformar o mundo a partir de dentro”, referiu.
Já o professor universitário, Miguel Panão, destacou o plano como ferramenta que pode fazer olhar para “dentro da vida de cada um” e “reconhecer que a vida não é feita de cálculos e conteúdos mas de experiências”.
“Para entender este plano proponho a fórmula como F=MP2: sendo F, a forma interior, o impulso que vejo neste plano, o M a massa de gente, sem gente não faz sentido o plano, e o P2, pequenos passos, só com pequenos passos todos os dias se consegue chegar ao objetivo”, afirmou.
Miguel Panão olhou ainda os quatro objetivos do plano considerando a Comunidade, “onde estou com a cabeça”, a Palavra, “onde assenta a minha história”, a Eucaristia, “onde está o coração” e o Mundo, “espaço que posso mudar e transformar”.
No fim da sessão foi anunciado que a diocese de Coimbra está a preparar um caminho na sua redesocial Facebook para ir revelando o plano pastoral, através de pequenas reflexões, e foi ainda divulgado o vencedor do concurso do logotipo.
O vencedor é Alexandre Veiga, de Bragança, que apresentou a imagem vencedora, selecionadas pelo júri, entre mais de uma dezena de propostas, oriundas de várias zonas do país.
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