No programa “Júlia”, o militar Hugo Ernano relembra o trágico episódio em que disparou contra uma viatura em fuga, resultando na morte de um menino de 13 anos.
Hugo Ernano garante que disparou a sua arma de serviço com o objetivo de imobilizar a carrinha dos assaltantes, tendo como intenção apenas atingir os pneus do veículo. No entanto, o tiro acabou por atingir a traseira da viatura e, tragicamente, o rapaz de 13 anos que seguia no interior acabou por perder a vida.
“O meu mal foi estar a 32 segundos do local”, afirmou o militar, que recorda com pesar o momento fatídico. Segundo o GNR, o pai da criança não parou para prestar socorro ao filho, mas sim porque a viatura deixou de funcionar. Ainda assim, tentou usar uma arma contra as autoridades durante a perseguição.
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O caso foi julgado em tribunal, e Hugo Ernano foi condenado. O militar expressou o seu profundo arrependimento: “Eu não queria que aquilo acontecesse”.
No programa “Júlia”, Hugo falou também sobre o impacto pessoal e profissional que esta situação causou, incluindo o fim do seu casamento e as ameaças que ele e a sua família receberam.
Surpreendentemente, recebeu apoio e solidariedade de membros da etnia cigana, que se mostraram arrependidos pelos atos cometidos por outros da comunidade. “Até tive pessoas da etnia que vieram ter comigo a pedir desculpa pelo que as pessoas tinham feito”, revelou.
Além das dificuldades financeiras para pagar a defesa e a indemnização, Hugo foi ajudado por um movimento de solidariedade online, que o ajudou a ultrapassar este momento difícil.
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