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“The Pitt” eleita melhor série do ano em noite de Emmys dominada por “Adolescência”

Imagem: Reprodução
O drama “The Pitt” venceu hoje o prémio de Melhor Série Dramática do ano, numa cerimónia dos Emmys onde a minissérie “Adolescência” fez história ao tornar Owen Cooper no ator mais jovem de sempre a receber uma estatueta.
“É tão surreal”, disse o jovem de 15 anos, no discurso de aceitação. “Esta noite prova que se vocês ouvirem, se focarem e pisarem fora da vossa zona de conforto, podem conseguir tudo na vida”.
Cooper foi distinguido com o prémio de Melhor Ator Secundário em minissérie ou série de antologia, pelo papel de Jamie Miller, numa noite de vitórias para a produção Netflix.
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“Adolescência” foi a melhor minissérie, deu a Stephen Graham a estatueta de Melhor Ator na categoria, teve o Melhor Argumento, rendeu a Erin Doherty o prémio de Melhor Atriz Secundária e a Philip Barantini a Melhor Realização.
“Estas coisas não acontecem a miúdos como eu”, disse Stephen Graham, lembrando as suas origens longe do brilho de Hollywood. “Estar aqui hoje é a coisa mais humilde que posso imaginar na vida”.
O domínio de “Adolescência” foi quebrado por Cristin Milioti, que venceu Melhor Atriz em minissérie pelo papel em “The Penguin”. A atriz fez um dos discursos de vitória mais emotivos e entusiasmados da noite, dizendo que “é difícil fazer sentido do mundo neste momento” e habitar a sua personagem “foi como voar”.
Na cobiçada categoria de série dramática, foi “The Pitt” que triunfou. Não só foi considerada a melhor série do ano, como deu ao protagonista Noah Wyle o seu primeiro Emmy depois de múltiplas nomeações que remontam aos tempos da série “E.R.”.
“Que sonho isto tem sido”, declarou o ator, que viu triunfar a sua aposta no regresso aos dramas médicos. Também a atriz Katherine LaNasa foi distinguida com o Emmy de Melhor Atriz Secundária pela interpretação de Dana Evans na série.
“Toda a minha carreira quis trabalhar para John Wells”, afirmou, referindo-se ao produtor executivo. “Obrigada a todas as enfermeiras que me inspiraram”, disse ainda.
As outras duas categorias foram para as mãos de “Severance”, que vai na segunda temporada. Britt Lower recebeu a estatueta de Melhor Atriz em série dramática e Tramell Tillman foi o Melhor Ator Secundário, proferindo um discurso que procurou inspirar outros atores. A grande derrotada foi “The White Lotus”, que saiu da noite de mãos vazias.
Ainda no drama, o Melhor Argumento foi atribuído à série Star Wars “Andor”, da Disney+, com o episódio da segunda e última temporada “Bem-vindos à rebelião”. Dan Gilroy agradeceu aos fãs da série, que “tornaram possível uma história sobre lutar contra probabilidades impossíveis”.
Na comédia, a nova série da Apple TV+ “The Studio” ultrapassou as grandes concorrentes “Hacks” e “The Bear”: foi considerada a melhor série de comédia, deu a Seth Rogen o primeiro Emmy para Melhor Ator, teve a Melhor Realização e o Melhor Argumento.
Mas Jean Smart voltou a ser a Melhor Atriz em série de comédia, por “Hacks”, e Hannah Einbinder venceu o seu primeiro Emmy, para Melhor Atriz Secundária na mesma série. Ao aceitar a estatueta, a atriz fez uma das poucas declarações políticas da noite, criticando a agência norte-americana de imigração ICE e pedindo que “libertem a Palestina”.
Transmitida pela CBS, a cerimónia distinguiu o apresentador Stephen Colbert pelo programa de “talk show”, que o canal decidiu cancelar. Colbert gracejou no início da noite, perguntando se alguém estava a contratar, e, ao receber o prémio, agradeceu à CBS pela oportunidade de estar tantos anos no ar.
A 77ª edição dos Prémios da Academia de Televisão decorreu esta madrugada, ao final da tarde em Los Angeles, no Peacock Theater na baixa da cidade.
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