O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu hoje que o julgamento contra o antecessor Jair Bolsonaro “não foi uma caça às bruxas”, numa resposta às críticas do homólogo norte-americano, Donald Trump.
Num artigo de opinião publicado na edição de hoje do jornal The New York Times, com o título “A Democracia Brasileira e a sua Soberania não são negociáveis” (“Brazilian Democracy and Sovereignity are non-negotiable”), Lula da Silva disse estar “orgulhoso do Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão histórica” e garante que o processo “não foi uma caça às bruxas”.
Esta é também a primeira reação pessoal de Lula da Silva à pena imposta pelo STF ao antecessor e adversário nas eleições presidenciais de 2022.
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O STF do Brasil condenou na quinta-feira Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, depois de a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ter formado maioria para condenar o ex-Presidente por tentativa violenta de abolição do Estado de Direito Democrático, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.
Bolsonaro foi ainda considerado culpado de liderar a organização julgada criminosa.
A entrada de Bolsonaro na prisão não será automática, pois ainda há margem para recursos.
Após a publicação do acórdão, a defesa e a acusação podem interpor embargos de declaração, no prazo de cinco dias, para corrigir eventuais contradições ou omissões. Esses recursos podem prolongar o processo por semanas ou meses.
Jair Bolsonaro permanece em prisão domiciliária.
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