O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC) criticou hoje a saída dos dois vogais da Metro Mondego antes do fim do mandato.
Os dois vogais executivos da Metro Mondego foram substituídos em 02 de setembro por proposta do Estado, enquanto acionista maioritário, antes de o atual mandato terminar, decisão que mereceu críticas dos municípios da Lousã e Miranda do Corvo e do PS de Coimbra.
Hoje, na reunião do conselho intermunicipal da CIMRC, que decorreu na Pampilhosa da Serra, o presidente daquela instituição, Emílio Torrão, afirmou que não gostou “do que aconteceu na Metro Mondego”, entidade que gere o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
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“Numa fase tão crucial, não pode acontecer isto que aconteceu”, disse o também presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, fazendo alusão à saída dos dois vogais numa altura em que arrancou a operação preliminar do SMM em Coimbra e em que deverá estar para breve o circuito entre aquela cidade e Serpins (Lousã).
Emílio Torrão abordou o assunto quando falava da Agência para a Gestão do Sistema Intermodal da Região de Coimbra – AGIT, defendendo que aquela entidade deve ser presidida por um presidente de câmara e que esse deveria ser o presidente da CIMRC (o autarca está no seu último mandato).
“Nunca deixem de assumir que são sócios maioritários da AGIT. […] A AGIT não pode estar à mercê dessas vontades, mas sim das vossas vontades que são sócios maioritários da AGIT, juntamente com [a Câmara de] Coimbra”, defendeu.
Em Assembleia Geral da Metro Mondego, que decorreu em 02 de setembro, foi votada, por proposta do Estado, a demissão dos dois vogais, associados ao PS, por outros dois nomes com ligações ao PSD, mantendo-se o atual presidente do conselho de administração (CA), João Marrana.
A Câmara da Lousã e de Miranda do Corvo, ambas lideradas pelo PS, votaram contra.
A concelhia socialista de Coimbra também criticou a decisão, que não mereceu quaisquer críticas públicas por parte da Câmara Municipal, dirigida pela coligação Juntos Somos Coimbra, liderada pelo PSD.
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