Chegaram ao NDC várias denúncias sobre situações de consumo e venda de droga junto a estabelecimentos de ensino na Praça dos Heróis do Ultramar, em Coimbra, nomeadamente a Escola Secundária Avelar Brotero, a Escola Secundária Infanta D. Maria e a Escola Superior de Educação.
Segundo o documento recebido, “pais, alunos, professores, moradores, PSP, Câmara Municipal e direções escolares sabem” da situação, sendo que, em algumas ocasiões, “chega a ser preciso chamar os bombeiros para ocorrências no local”. Apesar das queixas e episódios repetidos, a denúncia sublinha que “nada muda”.
Questionado pelo nosso jornal, o Comando Distrital da PSP de Coimbra assegura que tem vindo a reforçar a presença policial nas imediações das escolas.
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“A Polícia de Segurança Pública, no âmbito da sua missão de segurança e de prevenção da criminalidade e delinquência nas imediações dos Estabelecimentos de Ensino, bem como nos percursos casa-escola e escola-casa, tem reforçado sistematicamente a presença policial, especialmente junto das escolas nos períodos de maior fluxo de entrada e saída de alunos, professores e funcionários, visando reduzir comportamentos geradores de insegurança em ambiente escolar e aumentar o sentimento de segurança na comunidade escolar”, refere a PSP.
A polícia sublinha ainda que, nos últimos dois anos, foram realizadas “mais de duas centenas de Ações de Policiamento de Visibilidade e Proximidade, no âmbito do Programa Escola Segura (PES) e do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP)”.
Essas operações resultaram na “apreensão de produto estupefaciente, identificação de jovens por posse e consumo de droga, com consequente encaminhamento para a Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência de Coimbra, bem como à detenção em flagrante por posse de quantidade superior ao legalmente admissível para consumo ou suspeita de tráfico de droga”.
Paralelamente, a PSP dinamizou “diversas ações de sensibilização em sala de aula, abordando a prevenção dos comportamentos de risco e aditivos, como o consumo de álcool e drogas”.
Alguns leitores propõem medidas concretas, como “presença policial diária e previsível nas entradas e saídas das escolas”, “rondas a pé e motorizadas nas ruas adjacentes”, “equipa destacada do Programa Escola Segura com referentes identificáveis” e um “reordenamento do espaço público, com mais iluminação, limpeza frequente e eliminação de pontos-cegos”.
Defendem ainda uma “fiscalização continuada, em vez de operações pontuais”, bem como “prevenção dentro das escolas, com informação, redução de riscos e apoio psicológico, aliada à aplicação visível da lei no exterior”.
O NDC contactou a Câmara Municipal de Coimbra para obter esclarecimentos sobre a situação, mas até ao momento não obteve resposta.
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