O Instituto Superior Miguel Torga (ISMT) e a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra (SCMC) celebraram esta sexta-feira, 5 de setembro, um protocolo de colaboração.
O acordo visa reforçar a missão de ambas as instituições na promoção do conhecimento, da inovação e da ligação à comunidade, potenciando projetos conjuntos de investigação, estágios, dissertações académicas e prestação de serviços.
Segundo o provedor da SCMC, Tiago Mariz,a cooperação permitirá articular a intervenção social da Misericórdia — “nas valências de lar, centro de dia, serviço de apoio domiciliário e componente jovem” — com o saber científico do ISMT.
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Um dos projetos em destaque é a criação de um “laboratório vivo do envelhecimento”, a desenvolver na quinta social de São Martinho do Bispo. “Precisamos de orientação científica e do saber que o Instituto Miguel Torga tem vindo a desenvolver, para cativar as suas equipas a trabalharem connosco”, afirmou Tiago Maris.
Já o presidente do Conselho de direção do ISMT, Manuel Castelo Branco, sublinhou que este protocolo se insere numa estratégia mais ampla de cooperação com instituições sociais da região e do país. “Não é o primeiro protocolo com misericórdias nem com IPSS. A nossa intenção é trabalhar com o tecido vivo dos municípios que são nossos proprietários, mas também alargar esta rede de parcerias para além de Coimbra”, referiu, recordando que a escola “tem fortes ligações nacionais e à lusofonia”.
O responsável destacou ainda a mais-valia para a formação dos estudantes, sobretudo nas áreas de Serviço Social e Psicologia, que considera essenciais para a parceria com a SCMC. “Os nossos alunos, além do saber académico, têm no terreno um contacto direto com instituições que são futuramente o seu destino. Esta porta de entrada é uma vantagem recíproca de grande escala”, frisou.
Outro ponto em desenvolvimento será a criação de uma residência intergeracional, em Celas, que deverá estar totalmente operacional entre 2025 e 2026.
O espaço irá acolher simultaneamente estudantes do ISMT e idosos acompanhados pela Misericórdia.
“Queremos permitir a coexistência de duas gerações: os estudantes terão também um papel de companhia para os residentes seniores, jovens com experiência e sabedoria de vida”, explicou Tiago Mariz.
O protocolo, considerado inédito pelas duas entidades, abre caminho a novos projetos de impacto social e académico em Coimbra e na região centro.
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