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Arganil: As colheres de pau de Jorge Costa têm nome e história

Notícias de Coimbra | 5 horas atrás em 05-09-2025

A 42.ª edição da FICABEIRA e Feira de Montalto, em Arganil, continua a ser um ponto de encontro para artesãos, produtores e visitantes interessados na cultura, gastronomia e artesanato da região.

Entre os destaques está Jorge Costa, artesão de Pardieiros, conhecido pelas suas colheres de pau, cuja história de dedicação à arte começou há mais de 50 anos.

Jorge começou a fazer colheres ainda adolescente, aos 11 anos, e mantém a atividade até hoje, a tempo inteiro, acompanhado da esposa Maria, com quem está casado há 46 anos.

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As suas colheres têm nomes específicos, como “Coimbra”, “Marroquina” ou “Porto”, e continuam a despertar interesse tanto de visitantes da região como de estudantes e colecionadores.

Cada peça é produzida manualmente, respeitando tradições locais e utilizando madeira selecionada, embora atualmente a escassez de matéria-prima seja um desafio.

O artesanato de Jorge destaca-se na FICABEIRA, que este ano conta com mais de 100 stands, incluindo empresas, instituições públicas, associações e outros artesãos.

O certame proporciona ainda experiências culturais, gastronomia local, tecnologia e uma nova zona infantil, “Fica Kids”. A feira valoriza também projetos de preservação do território, como a Floresta da Serra do Açor, símbolo de resiliência após os incêndios que afetaram cerca de 40% do concelho.

As colheres de pau de Jorge Costa representam mais do que utensílios de cozinha: são uma tradição de Arganil, transmitindo memórias, histórias e saberes locais.

Cada colher, desde a “Coimbra” até à “colher da farra” para beber vinho, reflete a criatividade e engenho do artesão, que mantém viva uma arte ancestral e que continua a encantar visitantes na FICABEIRA.

Os preços das colheres variam entre 1,50 € e 8 €, dependendo do tamanho e do modelo, e o artesão oferece ainda espátulas, garfos e utensílios para crepes, mostrando a diversidade do artesanato local.

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