A 42.ª edição da FICABEIRA e Feira do Mont’Alto 2025 começou esta quinta-feira, 4 de setembro, em Arganil e decorre até segunda-feira, 8 de setembro.
O certame assume-se como um espaço de partilha e descoberta, combinando economia, cultura, gastronomia e entretenimento, ao mesmo tempo que permite conhecer de perto projetos de valorização do território, como a Floresta da Serra do Açor.
O evento conta com mais do dobro de stands em relação ao ano passado, totalizando mais de 100, distribuídos por empresas, instituições públicas, artesãos e associações. Destaca-se ainda a ampliação da zona de restauração, um espaço dedicado ao Rally – Arganil Capital do Rally, uma área de tecnologia e a nova zona infantil “Fica Kids”.
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O NDC acompanhou alguns artesãos locais, como Vanda Andrés, que integra o projeto “Avós Serrestres”.
Aos 57 anos, Vanda dedica-se à arte há quase 40 anos, após se fixar na freguesia de Cerdeira, vinda de Lisboa.
O nome “Avós Serrestres” surgiu a partir das suas primeiras bonecas, as “avós de Coja”, que reproduzem atividades tradicionais da região, como a preparação de pão, chouriços e lavagens à moda antiga.
Hoje, estas bonecas são encomendadas por ranchos folclóricos e colecionadores, mantendo vivos os saberes tradicionais.
Vanda também mantém a tradição da “rodilha”, que aprendeu com uma artesã da aldeia e que originalmente era usada pelas mulheres locais para transportar água e produtos agrícolas.
Atualmente, estas peças são produzidas com tecidos reciclados, mantendo padrões e cores inspirados nas mantas tradicionais da região, combinando utilidade e estética.
A feira oferece assim uma oportunidade única para descobrir a riqueza cultural, artesanal e natural de Arganil, valorizando projetos locais e promovendo o contacto direto entre produtores, artesãos e visitantes.
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