O Ministério Público de Setúbal acusou Rafael Faria, de alcunha “Lagarto”, e mais 23 arguidos por tráfico de droga, associação criminosa e outros crimes relacionados.
O suspeito é cunhado de Fábio Loureiro, conhecido por “Cigano”, um dos reclusos evadidos da cadeia de Vale de Judeus e entretanto recapturado em Marrocos, adianta o Jornnal de Notícias.
De acordo com a acusação, a rede funcionava através de duas células independentes, sediadas em Sines e no Algarve, ambas caracterizadas por práticas de grande violência. Além da venda de estupefacientes, os grupos recrutavam vendedores de forma coerciva, espancavam devedores e obrigavam-nos a ceder documentos de identificação para contrair empréstimos em seu nome.
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Em apenas quatro anos, os principais elementos terão obtido lucros superiores a 810 mil euros.
A investigação concluiu que “Lagarto”, de 36 anos, coordenava o esquema, que traficava canábis, cocaína, MDMA e ecstasy. Uma das células, ligada à família Carvoeiro, tinha como figura central Vânia, de 33 anos, companheira de Rafael e irmã de “Cigano”. A organização integrava ainda a mãe de Fábio, três irmãos e um primo, utilizando como base uma residência no Bairro Municipal Jacinto Correia, no Carvoeiro (Lagoa).
A acusação formaliza agora a imputação de crimes que poderão levar a pesadas penas de prisão para os 24 arguidos.
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