As cores chamativas e os descontos “irresistíveis” nos supermercados podem enganar os consumidores e fazer com que paguem mais do que imaginam, alerta um estudo recente sobre hábitos de compra.
Os supermercados exploram estratégias de marketing como cartazes vermelhos com indicações de “-30%” ou “Leve 2, Pague 1”, que despertam a sensação de oportunidade e urgência nos compradores. Mas nem sempre o produto em promoção é o mais barato: “Muitas vezes, ao lado da prateleira, a mesma referência em embalagem maior ou de outra marca pode sair mais em conta, mas o consumidor nem repara”, explica um especialista em consumo.
Exemplos práticos revelam como a ilusão funciona: uma embalagem de iogurtes em promoção por 2,99€ pode ser mais cara por unidade do que um pack maior sem desconto, que custa 5,20€; garrafas de azeite com 20% de desconto podem custar mais por litro do que alternativas sem promoção. Até produtos frescos, como carne, entram neste esquema: etiquetas chamativas podem mascarar que o preço por quilo é equivalente ao de peças normais.
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O segredo está no preço por unidade, que muitas vezes aparece em letras pequenas. “A psicologia da urgência, o efeito visual e a fadiga da escolha fazem com que o consumidor não compare os preços em detalhe. Os supermercados conhecem estes fatores e guiam as escolhas sem que se perceba”, acrescenta o especialista.
Para não cair nesta armadilha, o Leak recomenda comparar sempre o preço por unidade (quilo, litro, 100 g, etc.). Avaliar diferentes embalagens do mesmo produto. Não se deixar levar pela cor do cartaz ou pelo tamanho do desconto. Conferir datas de validade, especialmente em produtos frescos ou perecíveis.
Os consumidores que ignoram estas regras podem estar a gastar dezenas de euros extra por mês. Num ano, a diferença acumulada pode atingir centenas de euros, alerta o estudo, reforçando a importância de olhar além da promoção aparente.
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