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 Depois de “A Espera”, Teatrão convida população para “A Viagem” de Metrobus

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 28-08-2025

 Depois de “A Espera”, o Teatrão de Coimbra convida a população a embarcar na segunda produção do projeto “Com que Linhas te Cruzas?”, propondo “A Viagem” de metrobus, com três circuitos distintos, que irão decorrer em setembro.

De acordo com o encenador do espetáculo, Marco Antonio Rodrigues, o corredor de um metrobus servirá de palco para um espetáculo de aproximadamente duas horas.

“Os atores e a comunidade atuam aqui dentro, em seis ou sete cenas, mas há uma cena que se inicia fora e uma que se conclui fora. São cenas, algumas curtas, de oito minutos, algumas mais longas, de 20 minutos”, revelou, em conferência de imprensa, que decorreu dentro de um metrobus, na véspera do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) começar a funcionar, numa primeira fase limitada a um percurso de cinco quilómetros na cidade de Coimbra.

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“A Viagem”, a segunda produção no âmbito do projeto “Com que Linhas te Cruzas?”, tem espetáculos agendados para os dias 04 e 06 de setembro, propondo um percurso entre Serpins, estação de Corvo e regressando a Serpins.

Nos dias 05 e 07 de setembro, “A Viagem” é entre Miranda do Corvo, Serpins, terminando em Miranda do Corvo.

Já nos dias 12, 13 e 14 de setembro, o metrobus leva o espetáculo da Estação de São José à Portagem, na cidade de Coimbra, terminando na Estação de São José.

Todos os espetáculos têm início às 19:00, contando com um elenco formado por três atores e por pessoas das comunidades de Serpins, Moinhos, Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra.

O metrobus representa um lugar onde tudo pode acontecer quando nele se entra, com os atores a desdobrarem‑se em variadas personagens, que partilham amores, canções e evocam memórias e visões de futuro.

“Vai envolver a música, o circo, o teatro, a dança… Envolve todo esse repertório de cenas, porque o teatro, na verdade, é um ‘carrefour’ das artes, é um lugar onde as coisas se entendem, se encontram e se potencializam”, indicou o encenador.

Segundo o Teatrão, o espetáculo dará prioridade ao público com idades mais jovens, entre os 12 e os 18 anos, bem como aos mais velhos, que usaram a linha ferroviária da Lousã.

A conferência de imprensa de apresentação contou com a presença de representantes das autarquias de Miranda do Corvo e da Lousã, bem como do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, que considerou que este espetáculo é “uma forma extremamente interessante de estabelecer o diálogo com a população”.

“De estimular a curiosidade e de levar um novo meio de transporte à população, a descobri-lo de outra forma, de uma forma que irá ser descrita pela produção do espetáculo”, referiu.

O autarca acredita que, com a evolução do projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego, a curiosidade das pessoas “está no nível máximo”.

“As dúvidas vão evoluindo, porque primeiro era que isto nunca iria acontecer, e afinal está a acontecer, agora as consequências por estar a acontecer, as implicações, os benefícios ou não das pessoas”, sustentou.

A ocasião contou ainda com a presença do presidente do conselho de administração da Metro Mondego, João Marrana, que evidenciou que pretendem “criar um ambiente de satisfação e um envolvimento da população”, bem como “um envolvimento dos agentes culturais na promoção do Sistema [de Mobilidade do Mondego] particular e do transporte público em geral”.

“Isto é um processo em que tentamos ultrapassar um passivo de credibilidade que a empresa tinha por, durante muitos anos, não conseguir concretizar o projeto do Sistema de Mobilidade do Montego. Esse processo de amortização do passivo de credibilidade envolve muitas ações, a principal das quais é pôr o sistema a funcionar, mas também articulações com todas as entidades para promover uma proximidade com os cidadãos, com os agentes culturais e, sobretudo, uma imagem do sistema que esteja em harmonia com a qualidade que ele de facto tem”, concluiu.

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