Um estudo publicado na BMC Medicine alerta que um mau hábito de higiene oral pode estar associado a um maior risco de cancro do estômago. A investigação aponta que pessoas com periodontite, uma doença que afeta as gengivas, podem ter até 25% mais hipóteses de desenvolver este tipo de cancro do que indivíduos com saúde oral cuidada.
“As células epiteliais do estômago são a fonte deste tipo de cancro, que apresenta uma baixa taxa de sobrevivência. Embora estudos anteriores tenham limitações, uma má saúde oral tem sido consistentemente associada a um risco elevado”, explicam os responsáveis pelo estudo.
A investigação analisou dados de quase seis mil suecos com mais de 19 anos. Os pacientes com periodontite apresentaram entre 11% a 25% mais hipóteses de vir a ter cancro do estômago. Contudo, os investigadores sublinham que não há associações significativas entre o risco de cancro do estômago e o número de dentes ou outras doenças inflamatórias dentárias.
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No estado normal, as células epiteliais do estômago crescem e regeneram-se conforme necessário. Quando estas células sofrem alterações no ADN, deixam de morrer naturalmente e multiplicam-se descontroladamente, formando células cancerígenas. O cancro começa geralmente na camada interior do estômago, podendo progredir para a parede do órgão e invadir órgãos próximos, como fígado, esófago, intestino e gânglios linfáticos.
De acordo com o hospital CUF, deve estar atento aos seguintes sinais: indigestão ou desconforto gástrico, enfartamento após as refeições, náusea discreta, perda de apetite e sensação de queimadura (pirose).
No estado avançado, sintomas frequentes são sangue nas fezes, vómitos, perda de peso inexplicável, dor gástrica, icterícia, acumulação de líquido na cavidade abdominal (ascite) e dificuldade em engolir.
Caso apresente algum destes sintomas, é recomendado consultar gastrenterologista, cirurgião geral ou oncologista o quanto antes.
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