A suspeita de crime inerente à morte de uma mulher, ocorrida em Coimbra, há semana e meia, poderá não passar de uma hipótese.
A avaliar pela informação recolhida por Notícias de Coimbra, as averiguações feitas pela PJ acrescentaram à hipótese de crime os cenários de motivação suicida e de acidente.
Destinatária de um artigo de opinião, divulgado, quinta-feira (21), por NDC, a Polícia Judiciária alheou-se do alarme social, mas não enveredou pelo descuido em matéria de investigação.
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A 12 de Agosto [de 2025], foi encontrada morta, em Coimbra, uma mulher, cujo corpo aparentava ter sofrido agressões infligidas com arma branca.
As averiguações foram entregues, de imediato, à Polícia Judiciária, por parte da PSP.
Ainda com a investigação em curso, o Ministério Público, entidade titular da acção penal, responsável pela direcção do inquérito a cargo da PJ, poderá vir a concluir pela inexistência de assassinato se nesse sentido apontar a perícia medico-legal como apontarão os testemunhos de parentes da falecida.
Um caso de morte em pleno dia, na “Baixa” de Coimbra, falecimento hipoteticamente causado por arma branca, era em si mesmo gerador de alarme social.
Acresce ter havido um rumor, que remetia para a probabilidade de uma pessoa das relações da falecida ter revelado a terceiros a autoria de presumível crime. Consta, agora, que a alegada revelação não passou de devaneio de alguém que haverá fantasiado em torno do óbito.
A Directoria do Centro da Polícia Judiciária foi interpelada, na manhã de quarta-feira (20), a prestar esclarecimentos, num contexto que remetia para suspeita de laxismo por parte da corporação.
Perante o silêncio, que se prolongou para o dia seguinte, o director nacional da PJ foi alertado para a situação, por um colaborador de Notícias de Coimbra.
O jornalista foi contactado, anteontem, pelo Gabinete de Imagem e Comunicação da instituição, gesto que o autor do artigo de opinião não pôde deixar de louvar à luz do interesse público subjacente ao assunto.
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