Portugal

Padre é acusado de celebrar funerais à noite

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 44 minutos atrás em 22-08-2025

O padre responsável pelas paróquias de Areias, Beco, Chãos, Dornes e Paio Mendes, no concelho de Ferreira do Zêzere, está a ser alvo de críticas por alegadamente celebrar funerais já depois do pôr do sol, o que o próprio nega veementemente.

Elisabete Félix relata ao Tomar na Rede duas situações nas freguesias do Beco e de Paio Mendes em que os funerais ocorreram tarde, criticando o horário e o que considera falta de apoio aos familiares no cemitério. “Há quinze dias, o coveiro só colocou meia dúzia de pás de terra e foi-se embora. Só no dia seguinte é que acabaram de compor a campa”, afirma. Sobre um funeral recente, no dia 18, acrescenta: “Acabaram quase às 22 horas, com a ajuda de luzes de telemóvel dos familiares, porque não havia luz no cemitério”.

Segundo Elisabete, o padre marca funerais para as 19:30, mas chega atrasado, não permitindo que os corpos saiam das casas mortuárias sem a sua presença. A cidadã critica ainda as juntas de freguesia por permitirem funerais a estas horas, alegando falta de condições para despedidas dignas e para o trabalho do coveiro.

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O padre apresentou a sua versão dos factos àquele jornal, garantindo que nunca celebrou funerais de noite. “É mentira que faço funerais de noite. Nunca tal aconteceu”, afirma. O sacerdote sublinha que, ao longo de mais de 10 anos, realizou centenas de funerais com respeito e calma, sempre com a presença de outros membros do clero e com autorização da família.

O padre explica ainda que a marcação dos horários depende da disponibilidade da família e da sua própria agenda, e que um único funeral recente às 19:30 coincidiu com o anoitecer, o que motivou a publicação da indignação nas redes sociais.

No seu esclarecimento, Manuel Patto pede respeito pelo trabalho dos sacerdotes e lamenta qualquer ofensa involuntária: “Se alguém me disser pessoalmente que ficou ofendido porque o dia estava a findar, pedirei as minhas sinceras desculpas”.

O caso levanta questões sobre horários de funerais e a logística de cerimónias em paróquias rurais, sobretudo com o encurtamento dos dias durante o verão.

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