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Controlado fogo na Extramadura espanhola que avançava há dez dias

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 22-08-2025

A região espanhola da Extremadura, na fronteira com Portugal, deu hoje por controlado um dos maiores incêndios que atingiu Espanha nas últimas semanas, em Jarilla, Cáceres, após 10 dias de combate às chamas e 17.300 hectares queimados.

O fogo “foi estabilizado” durante a madrugada, disse o executivo regional, indicando que seis meios aéreos e mais de 200 pessoas continuam a combater e a controlar este incêndio.

A expectativa é que a partir das 18:00 (17:00 em Lisboa) baixe o nível de gravidade do incêndio de 2 para 1 (numa escala que em Espanha vai de 0 a 4) e que sejam desmobilizadas as equipas da Unidade Militar de Emergências (UME, uma força especial das Forças Armadas espanholas que atua em cenários de catástrofe), assim como os meios internacionais, ficando no terreno os meios próprios do governo regional, disse o conselheiro da Presidência da Junta da Extremadura, Abel Bautista.

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A partir da mesma hora deverão regressar a casa as pessoas que foram desalojadas temporariamente por causa do incêndio, acrescentou.

A situação global dos fogos no noroeste e no oeste de Espanha (sobretudo as regiões da Extremadura, Castela e Leão e Galiza, todas na fronteira com Portugal), continua a melhorar hoje, pelo terceiro dia consecutivo, indicaram as autoridades locais.

A evolução favorável dos fogos coincide com uma descida das temperaturas e um aumento da humidade relativa desde terça-feira, após uma onda de calor de 16 dias consecutivos em Espanha.

Ainda assim, na Galiza, mantêm-se oito incêndios ativos, cinco dos quais de grande dimensão e considerados de gravidade na região de Ourense, onde já arderam mais de 78.500 hectares.

Um desses incêndios, em Larouco, é já considerado o maior de sempre na Galiza e já calcinou mais de 30 mil hectares.

Em Castela e Leão, continuam ativos oito incêndios de gravidade.

O último balanço da Proteção Civil nacional espanhola, feito a meio do dia de quinta-feira, dava conta de 18 incêndios graves no país e condições meteorológicas favoráveis ao controlo progressivo e extinção.

Em Espanha são os governos regionais que têm a tutela da proteção civil e do combate aos incêndios, podendo solicitar meios aos Estado central e pedir à Proteção Civil nacional que mobilize ajuda de outras comunidades autónomas.

O Governo espanhol ativou em 11 de agosto o mecanismo europeu de proteção civil para solicitar meios internacionais e recebeu ajuda de nove países da UE, naquele que é o maior contingente de ajuda internacional que já chegou ao país desde 1975, referiu a Proteção Civil espanhola.

Através de acordos bilaterais há ainda meios de Andorra e Portugal em Espanha.

A área ardida este ano em Espanha ronda os 400 mil hectares, um recorde anual, indicam os dados, ainda provisórios, do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que tem registos comparáveis desde 2006.

O EFFIS referiu que Espanha é o país da UE com maior área ardida este ano até agora.

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