O incêndio que lavra em Castelo Branco desde a tarde de segunda-feira, entrou hoje em fase de resolução, informou a Câmara Municipal.
Numa nota enviada à agência Lusa, às 13:05, o município de Castelo Branco explica que desde o início da manhã que a situação registou melhorias.
“Esta quinta-feira amanheceu mais calma, com o registo de melhorias, estando em fase de resolução o incêndio que lavra no concelho de Castelo Branco desde segunda-feira à tarde”.
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Segundo a autarquia, o combate ao fogo “decorreu favoravelmente durante a noite” e, neste momento, não existem povoações ameaçadas.
“Contudo, as condições meteorológicas mantêm-se instáveis e poderão originar reativações.
Os meios aéreos encontram-se a trabalhar a bom ritmo e as equipas mantêm-se no terreno para consolidar o rescaldo, prevenir reacendimentos e garantir a segurança das pessoas e bens”.
O município adianta que há ainda algumas vias que se encontram cortadas, pelo que apela à população que respeite as indicações das autoridades e evite deslocações desnecessárias para as zonas afetadas.
Os Serviços Municipalizados de Castelo Branco já estão a proceder à monitorização da qualidade da água, de forma a avaliar eventuais impactos das cinzas nos recursos hídricos, e da disponibilidade de água no abastecimento às populações.
“O município de Castelo Branco continuará a acompanhar a situação em articulação com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e com os agentes de proteção e socorro no terreno”, acrescenta a nota.
Este incêndio entrou em Castelo Branco a partir do concelho do Fundão, tendo origem em Arganil, no distrito de Coimbra, onde deflagrou no dia 13, pelas 05:00.
O fogo já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco).
A Câmara de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil ao final da noite de domingo.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.
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