A 12 de Agosto [de 2025], foi encontrada morta, em Coimbra, uma mulher, cujo corpo aparentava ter sofrido agressões infligidas com arma branca.
As averiguações foram entregues, de imediato, à PJ, por parte da PSP. Acontece que a Polícia Judiciária enveredou pelo ensurdecedor silêncio ao ser instada a pronunciar-se sobre um rumor.
O rumor remete para a probabilidade de uma pessoa das relações da falecida ter revelado a terceiros a autoria do presumível crime.
PUBLICIDADE
A Directoria do Centro da Polícia Judiciária foi interpelada, na manhã de quarta-feira (20), a prestar esclarecimentos, num contexto que remete para suspeita de laxismo por parte da corporação.
O titular da Directoria foi alertado para a inexistência de resposta, pelas 21h00 de ontem, e o director nacional da PJ também, pelas 10h30 de hoje.
O jornalista soube, de fonte policial, que uma primeira versão de familiares da falecida alude a morte acidental – a infeliz mulher teria caído sobre uma faca, em pleno dia, cenário em que (quase) ninguém acredita.
A canícula de Agosto não é justificação para a Polícia Judiciária, aparentemente alheia ao alarme social, tardar em fazer luz sobre o assunto.
Incompatível com o silêncio de uma instituição como a PJ, o interesse público requer acção e dispensa sobranceria.
O autor deste artigo, enquanto jornalista, já foi contactado pelo Gabinete de Imagem e Comunicação da Polícia Judiciária, gesto que, neste contexto, não pode deixar de louvar (informação atualizada às 11:38).
OPINIÃO | RUI AVELAR – JORNALISTA
PUBLICIDADE