Opinião

Sobranceria de eminências pardas da Polícia Judiciária

OPINIÃO | Rui Avelar | 4 horas atrás em 21-08-2025

A 12 de Agosto [de 2025], foi encontrada morta, em Coimbra, uma mulher, cujo corpo aparentava ter sofrido agressões infligidas com arma branca.

As averiguações foram entregues, de imediato, à PJ, por parte da PSP. Acontece que a Polícia Judiciária enveredou pelo ensurdecedor silêncio ao ser instada a pronunciar-se sobre um rumor.

O rumor remete para a probabilidade de uma pessoa das relações da falecida ter revelado a terceiros a autoria do presumível crime.

PUBLICIDADE

A Directoria do Centro da Polícia Judiciária foi interpelada, na manhã de quarta-feira (20), a prestar esclarecimentos, num contexto que remete para suspeita de laxismo por parte da corporação.

O titular da Directoria foi alertado para a inexistência de resposta, pelas 21h00 de ontem, e o director nacional da PJ também, pelas 10h30 de hoje.

O jornalista soube, de fonte policial, que uma primeira versão de familiares da falecida alude a morte acidental – a infeliz mulher teria caído sobre uma faca, em pleno dia, cenário em que (quase) ninguém acredita.

A canícula de Agosto não é justificação para a Polícia Judiciária, aparentemente alheia ao alarme social, tardar em fazer luz sobre o assunto.

Incompatível com o silêncio de uma instituição como a PJ, o interesse público requer acção e dispensa sobranceria.

O autor deste artigo, enquanto jornalista, já foi contactado pelo Gabinete de Imagem e Comunicação da Polícia Judiciária, gesto que, neste contexto, não pode deixar de louvar (informação atualizada às 11:38).

OPINIÃO | RUI AVELAR – JORNALISTA

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE