Mais de 2.800 operacionais combatiam pelas 00:30 de hoje os cinco principais fogos em Portugal continental, com o que teve início em Arganil a mobilizar mais de metade dos meios, de acordo com a Proteção Civil.
Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), as cinco ocorrências mais significativas mobilizavam 2.815 operacionais, apoiados por 897 meios terrestres.
O incêndio que começou na semana passada em Arganil, no distrito de Coimbra, já atingiu três concelhos do distrito de Castelo Branco (Castelo Branco, Fundão e Covilhã) e mantinha no terreno 1.658 operacionais, com 565 viaturas.
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A circulação na linha da Beira Baixa entre Lardosa e o Fundão continuava na madrugada de hoje cortada, assim como a circulação na Autoestrada 23 (A23) entre o nó da Lardosa e Fundão Sul e a Estrada Nacional (EN) 18 entre Soalheira e Alpedrinha.
O incêndio que lavra há vários dias na zona da Galiza, Espanha, e que chegou na terça-feira ao concelho de Chaves, depois de também passado a fronteira na zona de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre, ambos no norte do distrito de Vila Real, mobilizava pelas 00:30 de hoje 467 operacionais e 150 meios terrestres.
Pelas 22:30 de quarta-feira, o combate ao incêndio em Chaves estava a decorrer favoravelmente, com duas frentes ativas a “ceder aos meios”, segundo o comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso.
O incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho do Sabugal, distrito da Guarda, e passou para o concelho vizinho de Penamacor (Castelo Branco), mobilizava 386 operacionais, apoiados por 104 viaturas.
No mesmo distrito, o fogo em Figueira de Castelo Rodrigo, que começou na quarta-feira à tarde, mantinha no local 167 operacionais e 41 meios terrestres.
Com início na terça-feira à noite, o incêndio em Armil, concelho de Fafe, distrito de Braga, mobilizava 150 operacionais e 44 meios terrestres.
Já em resolução, mas ainda integrados nas ocorrências significativas pelas 00:30 de hoje, os fogos em Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Sátão (Viseu) mobilizavam 73 e 53 operacionais, respetivamente.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Segundo os dados provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.
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