O incêndio rural na Pampilhosa da Serra continua ao início da noite de hoje sem frentes ativas, como de manhã, mas com alguns pontos quentes, depois de um dia marcado por “dezenas de reacendimentos”, afirmou o presidente do município.
O incêndio na Pampilhosa da Serra, que deflagrou no concelho vizinho de Arganil há uma semana, tem agora “pequenos focos e pontos quentes”, disse à agência Lusa Jorge Custódio.
Neste concelho do interior do distrito de Coimbra, o dia foi marcado por “dezenas e dezenas de reacendimentos” num perímetro extenso, em que o vento não ajudou, notou o autarca.
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De acordo com o presidente da Câmara Municipal, bombeiros e também populares, “com carros próprios e tanques”, conseguiram apagar os reacendimentos que se foram multiplicando pelo perímetro, ao longo do dia.
“Esperemos que agora, entre o final do dia e o início da noite, consigamos consolidar todos estes pontos quentes para começarmos a ter algum sossego”, salientou Jorge Custódio.
Segundo o autarca, espera-se agora uma noite de trabalho de consolidação do perímetro do incêndio.
Além de Arganil e Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, este grande incêndio estendeu-se ao distrito da Guarda (Seia) e Castelo Branco (Castelo Branco, Fundão e Covilhã).
Segundo um relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), este incêndio que começou há uma semana já consumiu mais de 40 mil hectares.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.
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