Região
População de áreas afetadas por incêndios continua abandonada 94 meses depois

Imagem: Facebook MAAVIM
A MAAVIM-Movimento Associativo Apoio Vítimas Incêndio Midões, na defesa dos lesados dos incêndios de outubro de 2017, continua a reivindicar ajudas aos seus lesados e à população afetada.
Passaram 94 meses desde os incêndios, mas a situação nas áreas afetadas permanece crítica. Habitantes e produtores locais denunciam que os problemas continuam os mesmos, apesar de milhões de euros terem sido gastos através de fundos do Estado e do FEDER.
Segundo relatos, grande parte do território continua sem limpezas, com acessos bloqueados e bocas de incêndio insuficientes ou inexistentes. As autarquias, autoridades no terreno, são apontadas como incapazes de garantir a segurança e a manutenção mínima dos espaços.
PUBLICIDADE
As vítimas criticam a falta de responsabilização: “Não somos nós que temos de fiscalizar os milhões gastos, mas sim o Estado”, afirmam. Acrescentam que a prevenção de incêndios deve começar no outono, com medidas e efetivos no terreno, e que sem o esforço dos bombeiros e dos meios aéreos a situação seria idêntica à de 2017.
O foco das denúncias recai também sobre as centenas de famílias que ainda não têm habitação, sobre agricultores e produtores florestais que nunca receberam apoio e sobre empresas que ficaram sem qualquer assistência, muitas delas encerrando definitivamente.
A população afetada exige o cumprimento das promessas feitas pelo Estado e pela CCDR-C, lembrando que todos os cidadãos devem ter igualdade de tratamento. “Quem tinha, não tem. Quem não tinha, continua sem nada. E não há culpados. Nós não somos culpados, somos vítimas”, concluem.
PUBLICIDADE