Portugal

Fogo do Sabugal já passou para concelho de Penamacor

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 19-08-2025

O fogo rural que lavra no Sabugal, distrito da Guarda, desde sexta-feira passou hoje para o concelho de Penamacor, no distrito de Castelo Branco, no Vale da Senhora da Póvoa.

“A situação está mais calma do nosso lado, há alguns focos de reacendimento, que estão a ser debelados na Ribeira da Nave, na Moita e no Casteleiro”, indicou o presidente da Câmara do Sabugal, Vítor Proença, à agência Lusa.

O autarca acrescentou que o incêndio “passou a serra da Opa e já entrou no concelho vizinho de Penamacor, no Vale de Nossa Senhora da Póvoa, seguindo em direção a Benquerença”.

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“Hoje está mais calmo, depois de o fogo nos ter escapado outra vez durante o dia de ontem. Acho que já podemos dizer, com fiabilidade, que a situação está a ser controlada”, afirmou.

Vítor Proença disse haver ainda “alguns focos” de reacendimento, nomeadamente em Sortelha, aos quais os populares e operacionais têm reagido, atuando “com rapidez”.

Segundo o presidente da Câmara do Sabugal, hoje há mais meios no terreno: “Só temos esta frente, os operacionais estão concentrados na zona sul do concelho e nota-se que há mais eficácia na atuação dos meios. Também tivemos seis meios aéreos durante a manhã, o que ajudou bastante a consolidar o perímetro do fogo.”

Por outro lado, acrescentou, “também já não há muito mais para arder”.

Pelas 13:40, estavam no local 426 operacionais, 114 veículos e oito meios aéreos.

O fogo foi registado, após o alerta, às 14:41 do dia 15 de agosto em Aldeia de Santo António, nas proximidades da sede do concelho do Sabugal, tendo vagueado desde então pelo município raiano e entrado nos limites dos municípios vizinhos da Guarda e Almeida.

O presidente da Câmara do Sabugal já disse à agência Lusa que vai ponderar solicitar ao Governo a declaração de situação de calamidade devido aos prejuízos causados pelas chamas em propriedades agrícolas e florestais.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.

Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

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