O desaparecimento de animais de companhia exige ação rápida e coordenada. Foi o que comprovou o caso de John, um cão “de raça indefinida e muito tímido”, que esteve perdido durante dez dias nas matas de São Mamede do Coronado, perto da Trofa.
O animal foi finalmente encontrado a 15 de julho, para grande alívio do seu tutor, o médico psiquiatra Júlio Machado Vaz, que mobilizou redes sociais, cartazes e contactos locais na esperança de o reencontrar.
Segundo especialistas, citados pela DECO PROteste, o primeiro passo é procurar o animal na zona onde foi visto pela última vez, pedindo ajuda a amigos e vizinhos. Júlio Machado Vaz relatou: “Batemos a zona à volta das matas do Coronado na esperança de encontrar John, cão com oito anos, adotado há cinco anos.”
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Em seguida, é recomendável espalhar cartazes com a fotografia do animal, descrição, contactos e último local do avistamento. Estes devem ser colocados em locais movimentados, lojas, supermercados e cafés, sempre com autorização dos proprietários.
As redes sociais, como Facebook e WhatsApp, são ferramentas essenciais na divulgação de apelos. No caso de John, os sucessivos apelos de Júlio Vaz no Facebook permitiram que uma cidadã, ao reconhecer o cão durante um passeio, entrasse em contacto com o tutor. “Vinha em stress, com mais sede do que fome, e com uma pequena ferida. Foi uma aflição, mas acabou tudo bem”, contou o psiquiatra.
Além das redes sociais, existem sites e apps dedicados à divulgação de animais desaparecidos, como o Encontra-me.org. A Ordem dos Médicos Veterinários também disponibiliza um espaço para publicação de avisos sobre animais de companhia desaparecidos.
O tutor deve ainda contactar clínicas veterinárias, associações de proteção animal e centros de recolha oficiais do município. Caso as buscas não resultem, as autoridades policiais são um recurso importante, sobretudo se o animal estiver identificado com microchip. A perda deve ser comunicada ao Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC) dentro de 15 dias, através do portal próprio ou via veterinário.
Manter os dados atualizados no SIAC é crucial para facilitar a localização do tutor e do animal. Se o microchip estiver ilegível ou não registado, identificar o proprietário pode ser impossível. Para animais estrangeiros sem microchip ou registados fora do SIAC, a procura torna-se ainda mais difícil.
Quem se depara com um animal de companhia na rua deve verificar a existência de placa de identificação ou levar o animal a uma clínica veterinária para confirmação do microchip. Se não for possível identificar o tutor, o contacto com o centro de recolha oficial do município é a medida recomendada.
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