Política
Bloco de Esquerda quer mudar e honrar a cidade de Coimbra e não se revê na “política de leilão de oferta”
O Bloco de Esquerda (BE) entregou esta segunda-feira, 18 de agosto, as listas para as eleições autárquicas no Tribunal Cível de Coimbra, apresentando-se como uma alternativa à esquerda com foco em mudanças concretas no município.
O mandatário da lista, Álvaro Garrido, afirmou que o processo reflete meses de trabalho e participação cidadã: “Este momento é muito especial, é a entrega formal das listas do Bloco de Esquerda para a campanha autárquica. O nosso objetivo é honrar a cidade, honrar Coimbra, o município de Coimbra e honrar também a democracia através do exercício participativo”, refere.
José Manuel Pureza, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara de Coimbra, aproveitou para expressar solidariedade às vítimas dos incêndios em Portugal: “Estamos aqui a celebrar a democracia e infelizmente a democracia não foi capaz de dar resposta cabal a este flagelo e, portanto, em nome do Bloco de Esquerda quero dizer que a nossa preocupação está com estas pessoas que estão a sofrer nas suas vidas, nos seus patrimónios”.
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No que toca às propostas, a candidatura promete mudanças em várias áreas da vida municipal. “Mudaria Coimbra nos transportes, com uma rede pública de transportes gratuitos; mudaria na saúde, com a saúde a ser critério de todas as políticas municipais; com atenção especial às pessoas dependentes de drogas duras, incluindo a instalação de uma sala de consumo assistida; com um serviço municipal de cuidados para as pessoas mais velhas; e criação de um centro interpretativo da democracia e da resistência”, declara José Manuel Pureza.
Também o candidato à Assembleia de Freguesia de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, Luís Francisco Marques, destacou a visão transformadora da lista: “Fui criado na escola do bem comum, do serviço à pessoa, à sociedade, e creio que consigo agregar um conjunto de ideias, de pessoas refrescantes e capazes de operar algum tipo de transformação que a comunidade em concreto precisa. Não me revejo nesta política de leilão de oferta, quase que deixando a cada cidadão a escolha do ‘quem dá mais’. É preciso sonho, ousadia e rasgo. E, por isso, só podia juntar-me a uma candidatura que quer mudar mesmo Coimbra.”
O Bloco de Esquerda propõe-se, assim, romper com o cansaço político instalado e colocar o espaço da autarquia ao serviço das pessoas, focando-se em transporte público, saúde, políticas sociais e iniciativas culturais que reforcem a participação cívica.
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