A maioria das três dezenas de pessoas retiradas na quinta-feira de oito aldeias da Lousã, devido à proximidade do fogo, já regressaram às suas habitações, mantendo-se apenas um pequeno número no centro de acolhimento.
Em declarações à agência Lusa, a presidente da junta de freguesia de Lousã e Vilarinho, Helena Correia, disse que a maioria das pessoas retiradas preventivamente das aldeias “já regressaram às suas casas”.
“Apenas um pequeno número de pessoas com necessidade de alimentação se mantém no centro de acolhimento, que funciona na Escola EB2 da Lousã. A maior parte das pessoas do lar de Vilarinho também já regressaram”, disse.
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O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, afirmou que, hoje, “a situação no concelho está muito mais tranquila”.
“Estamos em fase de vigilância e de consolidação. Os meios estão no terreno posicionados e vigilantes”, salientou.
Segundo o autarca, grosso modo, a área ardida no concelho da Lousã está acima dos 3.500 hectares.
Para já, o futuro próximo passa por fazer o levantamento dos prejuízos no terreno.
“Já tivemos um contacto [oficial] e amanhã [segunda-feira] vamos começar a fazer o trabalho de levantamento exaustivo com as entidades oficiais. Esperamos que possam haver medidas de apoio”, referiu.
Luís Antunes deixou uma palavra de reconhecimento a todas as forças que estiveram no terreno a combater as chamas e também ao conjunto de voluntários que ajudaram nas ações de logística e suporte ao combate.
Este incêndio deflagrou ao início da tarde de quinta-feira junto à povoação do Candal, no concelho da Lousã e entrou hoje de manhã em fase de consolidação e vigilância.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio em curso em povoamento florestal em Candal, na União de Freguesias de Lousã e Vilarinho, pelas 11:30, mobilizava 501 operacionais e 157 meios terrestres e dois meios aéreos.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta, em vigor até domingo.
Os fogos provocaram um morto e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.
Segundo dados oficiais provisórios, até 16 de agosto arderam 139 mil hectares no país, 17 vezes mais do que no mesmo período de 2024. Quase metade desta área foi consumida em apenas dois dias desta semana.
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