O concelho de Oliveira do Hospital viveu um dia de caos e destruição devido a um incêndio florestal de grandes proporções. Em declarações ao Notícias de Coimbra, o Presidente da Câmara, José Francisco Rolo comparou o cenário ao dos incêndios de 2017.
O fogo, que começou na zona da Aldeia das Dez, na Serra do Açor, progrediu de forma imparável, galgando encostas e cercou completamente aldeias. A estrada Nacional 17 estás cortada para a circulação de veículos não prioritários.
A progressão do incêndio é de tal forma perigosa que ameaça chegar à cidade de Oliveira do Hospital e à sua zona industrial.
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O autarca confirmou a destruição de uma casa centenária no centro de Avô, atingida por uma projeção do fogo, um evento que se somou à já caótica situação na região.
Em direto para o Notícias de Coimbra, Francisco Rolo destacou a exaustão dos bombeiros e a falta de meios suficientes para responder a tantas frentes em simultâneo. “Eram precisos mais meios terrestres, mais carros e não estavam disponíveis”, lamentou.
O Presidente da Câmara fez questão de reconhecer o “trabalho heroico e de resistência da população”, que defendeu as suas casas e colaborou nos esforços de combate.
Apesar da dificuldade em obter meios aéreos, que “tardaram em chegar”, o Presidente da Câmara indicou que, ao final da tarde, o fogo estava controlado na zona de Vilela. No entanto, a imprevisibilidade do vento, com rajadas que atingiram os 70 a 100 km/h, e a intensidade das frentes de fogo tornam a noite “sempre desafiante”, com a possibilidade de novos reacendimentos.
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