Região

Duas frentes em vertentes da Serra da Lousã com evolução “complicada”

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 14-08-2025

O incêndio na serra da Lousã, distrito de Coimbra, evoluía hoje à tarde “com duas frentes” e obrigou à retirada preventiva de 53 pessoas de várias aldeias, numa situação descrita como “complicada” pelo presidente do município.

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“Temos duas frentes, uma mais no sentido ascendente e outra mais descendente”, disse Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, acrescentando que as chamas lavram numa vertente junto à aldeia de Cerdeira e “depois numa vertente virada mais a sul”.

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Embora as duas vertentes possam ter uma orientação para o vizinho concelho de Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, o presidente da autarquia da Lousã disse que até agora isso não aconteceu, pois o incêndio, “felizmente, atendendo ao comportamento do vento”, estava “numa situação mais contida.

“Fizemos evacuações preventivas na aldeia do Candal, Cerdeira, Silveira, e agora em aldeias na vertente mais a sul”, explicou Luís Antunes, antes da comunicação por telemóvel voltar a cair.

Segundo informação da Câmara Municipal da Lousã divulgada na rede social Facebook, “preventivamente e em articulação com as autoridades, foram evacuadas as aldeias do Talasnal, Casal Novo, Chiqueiro, Catarredor e Vaqueirinho”.

“A EN236 e a Estrada de Cacilhas / Hortas (acesso às aldeias) encontram-se encerradas à circulação automóvel”, lê-se ainda na nota.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio em curso em povoamento florestal em Candal, na União de Freguesias de Lousã e Vilarinho, pelas 19:30, mobilizava 305 operacionais, 86 meios terrestres e cinco meios aéreos.

Fonte do comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil da região de Coimbra disse que o incêndio na serra da Lousã “está ativo, com meios a combate”, adiantando que as chamas estão a evoluir em direção à zona mais alta da serra, no Trevim, que fica a 1.205 metros de altitude.

Já o presidente da Câmara Municipal da Lousã referiu que o incêndio teve origem na vertente oeste da encosta, acima da povoação do Candal, tendo o alerta sido dado às 13:46.

“Chegou a estar quase circunscrito, mas descontrolou-se”, estando em progressão em direção ao ponto mais alto da serra, que fica na fronteira entre os distritos de Coimbra e de Leiria, acrescentou.

Ainda segundo o autarca, devido ao incêndio e à necessidade de facilitar a deslocação dos meios de socorro, a Estrada Nacional (EN) 236, que liga a Lousã a Castanheira de Pêra (Leiria), tem circulação condicionada.

“Temos a necessidade de salvaguardar pessoas e bens e evitar situações desnecessárias e facilitar a deslocação dos meios de combate”, indicou.

Também de modo preventivo, foi inviabilizado o acesso ao Castelo da Lousã e à zona do santuário da Senhora da Piedade, que fica no sentido oposto àquele que o fogo estava a fazer a meio da tarde de hoje, “atendendo à proximidade e à possível progressão que o incêndio poderia ter”.

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