Região
Ponto de situação: Incêndio ameaça 4 concelhos da região de Coimbra e leva à retirada de 125 pessoas

O incêndio que começou em Arganil, mais concretamente no Piódão, mantém-se ativo e tem gerado uma situação de elevada complexidade, afetando áreas de quatro concelhos distintos.
Após o briefing realizado no centro táctico de comando em Oliveira do Hospital, o Comandante Regional de Lisboa, Elísio de Oliveira, explicou as dificuldades enfrentadas pelas equipas de combate ao fogo: “Este é um incêndio complexo, mantém-se ativo, atingindo áreas de quatro concelhos distintos. A orografia de montanha dificulta muito o nosso trabalho, não apenas pela dificuldade de acessos, também pelos ventos criados pela própria montanha. Mas, acima de tudo, pela forma como se desenvolve, tem-nos trazido muitas dificuldades.”
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De acordo com o comandante, o vento inesperado e a orografia do terreno têm feito com que as frentes de fogo mudem constantemente de direção, tornando a operação ainda mais exigente: “A previsão meteorológica indicava vento mais a sul, mas na montanha predominou o vento leste. Isto faz com que as frentes se dirijam em diferentes direções, dificultando o trabalho e exigindo atenção constante para a segurança da população e dos operacionais.”
Até ao momento, cerca de 125 pessoas foram evacuadas preventivamente, em articulação com autarquias, juntas de freguesia, Guarda Nacional Republicana, INEM e Cruz Vermelha: “Temos feito confinamentos e evacuações que permitem garantir a segurança das pessoas. Assim que existem condições, transportamos novamente estas pessoas para as suas residências.”
Quanto aos feridos,” foram leves. Até ao presente momento não temos aqui nenhum ferido, e os danos em habitações são, na sua maioria, anexos ou habitações desocupadas.”
O comandante reforçou o papel crucial da população e apelou à colaboração: “Muito obrigado à população, que tem sido inexcedível em colaborar e cumprir as indicações. Também apelamos para que não usem fogo, pois as condições meteorológicas não permitem e isso poderia gerar novas frentes e situações complexas.”
Sobre os meios envolvidos, destacou o esforço conjunto de centenas de operacionais e o uso estratégico de meios aéreos e terrestres: “Os meios aéreos sozinhos não apagam fogos, mas dão um contributo importantíssimo. Temos equipas de sapadores florestais, bombeiros, veículos de combate e máquinas de rasto a trabalhar em conjunto, adaptando táticas conforme as condições.”
O alerta permanece para os próximos dias, com previsão de condições meteorológicas adversas: “Não é só um pronóstico para hoje, é para os próximos dias. Todos os operacionais estão a dar o seu melhor para resolvermos este problema com a maior brevidade possível, garantindo segurança e eficácia.”
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