Cerca de 80% do perímetro do incêndio na serra do Alvão, Vila Real, encontra-se em rescaldo e vigilância, estando as atenções concentradas na frente da Samardã e pontos quentes deste fogo que já queimou 6.445 hectares.
“O incêndio continua ativo, com uma percentagem muito pequena de uma frente que temos junto à aldeia de Samardã”, afirmou o comandante das operações de socorro, David Lobato, num ‘briefing’ feito ao início da tarde aos jornalistas.
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Segundo adiantou, falta dominar cerca de 20% do perímetro deste incêndio que deflagrou no dia 02 de agosto, em Sirarelhos, em Vila Real, se estendeu a Mondim de Basto, esteve em conclusão e teve duas reativações.
Os outros 80%, explicou, já estão em rescaldo e vigilância.
O também comandante sub-regional do Médio Tejo chamou a atenção para as condições meteorológicas que se fazem sentir hoje, como as elevadas temperaturas, sendo esperada, pelas 15:00, uma rotação do vento.
“O que nos pode abrir esta zona do incêndio para Este e é isso que nos está a causar alguma preocupação e, por isso, não vamos dar ainda o incêndio em resolução”, explicou.
Esta é uma zona serrana, com ventos erráticos, temperaturas a rondar os 40 graus em vários dias consecutivos.
Espera-se uma tarde de muito trabalho na serra do Alvão por causa dos pontos quentes, no entanto, os meios vão manter-se no terreno e, se não houver uma reativação, o fogo poderá entrar em fase de resolução ao final do dia.
Durante a manhã, fonte da Proteção Civil tinha adiantado à Lusa, numa primeira avaliação, uma área ardida de 5.500 hectares neste incêndio, no entanto, o comandante atualizou para os 6.450 hectares de área atingida por este fogo na serra do Alvão.
Durante estes dias de fogo ativo houve, referiu ainda, cinco operacionais com ferimentos considerados leves, e duas casas de segunda habitação atingidas.
David Lobato realçou que, no terreno, vão manter-se cerca de 390 operacionais, com 102 veículos e ainda a atuação de dois helicópteros, que estão a trabalhar em rotação, ou seja, está sempre um deles no teatro de operações.
“Não vamos desacelerar”, garantiu, referindo que, ao final da noite se fará uma nova avaliação deste incêndio que já percorreu cerca de três dezenas de aldeias da serra do Alvão.
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