O incêndio em Trancoso está hoje de manhã a ser combatido por 699 operacionais, apoiados por dois helicópteros, que têm como principal missão combater duas frentes ativas situadas entre Rio de Mel e Castanheira, revelou a Proteção Civil.
Segundo o Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil das Beiras e Serra da Estrela, por volta das 8:30 de hoje estavam também mobilizados para o local, no distrito da Guarda, 221 veículos.
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O incêndio, que deflagrou no sábado, está dividido em quatro frentes, duas das quais já estão dominadas e em rescaldo, havendo outras duas que causam preocupação.
Uma das frentes ativas tem cerca de mil metros e a outra tem 3,5 quilómetros, mas “são fogos que ardem essencialmente em zona de mato, sem vítimas e afastados dos aglomerados habitacionais”, disse à Lusa a fonte da Proteção Civil, admitindo que durante o dia de hoje possa vir a ser necessário encerrar algumas estradas na zona.
O comando acrescentou que as condições meteorológicas vão manter-se semelhantes aos últimos dias, com humidade relativamente baixa, temperaturas altas e vento fraco a moderado.
Portugal está em situação de alerta devido ao agravamento das previsões meteorológicas, sendo proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.
A situação de alerta implica também proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
A Câmara de Trancoso decidiu manter ativo o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil face “à situação de emergência causada pelo incêndio que afeta o concelho”, e na sequência da reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil.
A autarquia já suspendeu a rega de espaços públicos e apelou à população para reduzir o consumo de água “ao estritamente necessário” e, com isso, contribuir para “salvaguardar este recurso essencial ao combate ao fogo”.
O fogo do concelho já terá consumido 8.000 hectares, sobretudo soutos, olivais e vinhas, indicou na segunda-feira o presidente da Câmara, Amílcar Salvador.
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