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Encontrados restos mortais de britânico desaparecido na Antártida há 66 anos

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 11-08-2025

Os restos mortais de um investigador britânico, que desapareceu em 1959, numa missão na Antártida, foram encontrados este ano durante o degelo e devolvidos à família, anunciou hoje uma organização científica britânica.

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Dennis Bell, um meteorologista de 25 anos, caiu numa fenda de um glaciar na ilha Rei George, a maior ilha das Ilhas Shetland do Sul, em 26 de julho de 1959.

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Os restos mortais de Dennis Bell foram encontrados este ano por uma equipa de cientistas polacos, depois de ressurgirem entre as rochas, graças ao recuo do gelo na Antártida, indicou o British Antarctic Survey (BAS).

Depois de ter ingressado na Força Aérea britânica para o serviço militar, Dennis Bell juntou-se ao FIDS, o antecessor desta agência de exploração antártica do Reino Unido, como meteorologista em 1958.

Foi imediatamente destacado para a base aérea britânica na baía do Almirantado, na ilha Rei George, onde passou dois anos.

Na altura, uma dezena de homens ocupava a base, rodeada de montanhas e águas cobertas de gelo durante nove meses do ano.

Em 26 de julho de 1959, no auge do inverno do hemisfério sul, Dennis e mais três homens, acompanhados por cães de trenó, partiram para realizar levantamentos num glaciar.

A dada altura, o meteorologista tirou os esquis para ajudar os cães a avançar e caiu numa fenda.

Localizado pelos companheiros, conseguiu ser içado com uma corda presa ao cinto, mas esta rebentou com o peso, tendo o jovem sofrido uma segunda queda, fatal, segundo os colegas.

Em janeiro, cientistas que trabalhavam numa base polaca na ilha Rei George encontraram os restos mortais de Bell e outros artefactos.

Os testes de ADN, comparados com amostras recolhidas do irmão e da irmã de Dennis Bell, confirmaram que se tratava do jovem britânico.

“Quando a minha irmã Valerie e eu fomos informados de que o nosso irmão Dennis tinha sido encontrado ao fim de 66 anos, ficámos chocados”, contou David Bell, citado no comunicado do BAS.

Dennis estava entre aqueles que “contribuíram para os primórdios da exploração e investigação na Antártida, sob condições incrivelmente adversas”, destacou a diretora do BAS, Jane Francis.

Esta descoberta “põe fim a um mistério com décadas e recorda-nos as viagens humanas ligadas à história da investigação na Antártida”, acrescentou.

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