Política

PS acusa Governo de ter perdido semana e pede-lhe que seja pró-ativo

Notícias de Coimbra com Lusa | 7 minutos atrás em 11-08-2025

Imagem: Facebook

O PS acusou hoje o Governo de ter perdido uma semana no combate aos incêndios, pedindo-lhe que seja “pró-ativo em vez de meramente reativo” e que siga as sugestões feitas pelo secretário-geral do partido, José Luís Carneiro.

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Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS André Rijo recordou que, na semana passada, José Luís Carneiro deixou três sugestões ao Governo perante os incêndios florestais que assolam o país: que reforçasse as medidas preventivas de fiscalização, incluindo com recurso à Força Aérea, que ativasse o Mecanismo Europeu de Proteção Civil para pré-posicionar meios aéreos e que mobilizasse mais equipas de bombeiros.

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André Rijo frisou que, “por algum motivo”, o Governo “decidiu não acatar as sugestões que o PS apresentou” e “resolveu ignorá-las”, o que, avisou, “pode comprometer os meios no terreno”.

“Ou seja, neste momento parece-nos que o Governo está muito reativo, ao invés de antecipar, e era preferível que, nesta fase do combate, nós pudéssemos antecipar em vez de reagir”, defendeu.

O deputado salientou que o PS não quer “contribuir para, nesta fase do combate, estar a acicatar as questões”, mas reiterou que “era bom que o Governo pudesse ter uma postura mais pró-ativa de antecipação dos cenários”.

“E isso não está a acontecer, infelizmente é a constatação inevitável a que estamos a chegar”, disse.

Questionado se o PS mantém as três sugestões que fez ao Governo na semana passada, André Rijo respondeu: “Não só mantemos como desejamos que o Governo atue rapidamente”.

“Porque, de facto, passou uma semana que foi uma semana perdida e que poderia ter sido ganha se essas sugestões já tivessem sido asseguradas na altura em que o secretário-geral falou sobre essa matéria”, disse.

André Rijo afirmou que o PS “está ao lado das populações, ao lado da Proteção Civil, dos bombeiros, de todas as operações de combate, de todos os agentes dos serviços públicos que estão neste momento mobilizados para combater os incêndios”, mas reiterou que “era bom que o Governo tivesse uma postura mais pró-ativa ao invés de meramente reativa”.

“E, sobretudo, que não ficasse dependente nesta fase… Neste momento estamos na contingência de ter três meios aéreos ‘Canadair’ que estão inoperacionais e isso é, de facto, algo alarmante e que podia ter sido evitado se as sugestões do secretário-geral do PS tivessem sido atendidas atempadamente”, disse.

Os aviões pesados de combate a incêndios florestais ‘Canadair’ de que Portugal dispõe estão fora de serviço, disse hoje à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Segundo a mesma fonte, os dois aviões ‘Canadair’ afetos ao Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) ficaram inoperacionais, existindo um terceiro para substituir em caso de eventuais avarias, mas que também está fora de serviço.

A porta-voz da Força Aérea Portuguesa (FAP), que tem a cargo o processo de contratação dos meios aéreos de combate a incêndios florestais, disse à Lusa que as empresas responsáveis pelo aluguer e operação dos aviões têm de repor os ‘Canadair’ fora de serviço e são sujeitas a penalizações quando não cumprem os contratos.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram uma área de quase 60 mil hectares este ano.

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