Mundo

Objeto “misterioso” atravessa sistema solar a 245 mil km/h

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 4 horas atrás em 11-08-2025

Na noite de 1 de julho, a comunidade científica foi surpreendida com a deteção de um objeto celeste invulgar que atravessa o espaço a uma velocidade impressionante, em direção ao Sol.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

Batizado de 3I/ATLAS, este corpo interestelar não é um simples fragmento rochoso perdido no cosmos — a sua trajetória revela uma origem fora do nosso Sistema Solar.

PUBLICIDADE

Este visitante cósmico, o mais rápido alguma vez observado, viaja a cerca de 245 mil quilómetros por hora e tem aproximadamente 20 quilómetros de diâmetro, com uma massa muito superior à de cometas habituais. Estima-se que o 3I/ATLAS seja cerca de 3 mil milhões de anos mais velho do que o Sol, trazendo consigo segredos de um passado remoto, anterior à formação do nosso sistema planetário.

A descoberta despertou uma onda de especulação nas redes sociais, com teorias que apontam o 3I/ATLAS como possível nave espacial enviada por uma civilização avançada, com chegada prevista já para novembro. Contudo, até agora, não existem evidências científicas que confirmem esta hipótese.

Um estudo recente, ainda não revisto por pares, liderado pelo astrofísico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, propõe que o 3I/ATLAS possa ser uma “assinatura tecnológica” — uma sonda ou nave espiã alienígena. Loeb defende que, embora a probabilidade seja baixa, não se deve descartar cenários alternativos, lembrando que a própria humanidade já enviou sondas interestelares, como as Voyager 1 e 2.

Por outro lado, muitos especialistas consideram o 3I/ATLAS um cometa natural, apesar da sua velocidade e características extraordinárias, semelhantes a objetos interestelares anteriores, como o ʻOumuamua (2017) e o cometa Borisov (2019).

Para distinguir um objeto natural de uma possível nave extraterrestre, a astrofísica Sara Webb indica alguns sinais cruciais a observar: emissão de sinais de rádio, reflexos metálicos ou flashes provocados pela luz solar, mudanças autónomas de trajetória ou manobras deliberadas, e eventual estacionamento em órbita estável.

Enquanto os cientistas continuam a estudar este enigmático visitante, a expectativa e o fascínio pelo desconhecido mantêm-se vivos, alimentando o debate entre a ciência e a ficção científica.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE