Saúde

O que acontece se mergulharmos em águas contaminadas?

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 horas atrás em 08-08-2025

Imagem: depositphotos.com

Nos últimos dias, várias praias portuguesas foram interditadas a banhos devido a episódios de contaminação da água.

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Na Nazaré, cerca de 100 pessoas tiveram de receber assistência médica após uma falha técnica que originou a descarga de esgotos pluviais, provocando maus cheiros e poluição marítima. Já no Algarve, esta semana, as praias Verde, da Altura e do Verde Lago foram interditadas devido à presença da bactéria Escherichia coli (E.coli).

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A DECO PROteste lembra que “o aumento da temperatura média, associado às alterações climáticas, favorece o desenvolvimento de microrganismos e algas tóxicas, como as cianobactérias, e aumenta o risco de contaminação das águas balneares”. Também as descargas acidentais de águas residuais e fenómenos como cheias ou secas podem comprometer a qualidade da água, representando um perigo para a saúde pública.

Em Portugal, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) é a entidade responsável pela monitorização regular da qualidade das águas balneares, com recolha de amostras segundo um calendário definido para cada época balnear. Os resultados são comunicados ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), à Autoridade Marítima e às autoridades locais, que determinam eventuais interdições.

Para que a proibição de banhos seja levantada, é necessário realizar novas análises em diferentes pontos de recolha. As águas são classificadas em quatro categorias — “Má”, “Aceitável”, “Boa” ou “Excelente” — com base em pelo menos 16 amostras recolhidas num período de quatro anos.

A contaminação por E.coli pode causar sintomas como diarreia, febre baixa, cólicas, fadiga e náuseas, que geralmente surgem entre oito e 44 horas após a exposição. Em estirpes mais graves, como a O157:H7, podem ocorrer inflamações intestinais severas e, em casos raros, complicações renais graves. Já as toxinas das cianobactérias podem provocar erupções cutâneas, problemas respiratórios e gastrointestinais.

A DECO PROteste aconselha os banhistas a verificar sempre, antes de ir à praia, a informação mais recente disponível no site e na app InfoPraia, onde é possível consultar em tempo real a qualidade da água, a data da última análise, a temperatura e o nível de ocupação.

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