No meio da área de artesanato da EXPOFACIC, em Cantanhede, há mãos que não são de fada, mas são certamente mágicas. Mário Briosa, artesão com mais de 40 anos de experiência, impressiona todos os que passam com as suas peças únicas — como a icónica Vespa feita a partir de sucata metálica.
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“Isto é uma Vespa”, explica-nos com um sorriso enquanto molda cuidadosamente uma das peças. “Num dia consigo fazer 10 ou 15”, revela, enquanto manuseia com mestria alicates e chapas de metal. No momento da entrevista, preparava uma nova encomenda especial: uma Vespa com suporte para garrafa, “já para o Natal”.
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Natural do concelho de Cantanhede, Mário Briosa conta com orgulho a sua história: “Eu vim do Brasil e abri uma oficina de serralharia civil, depois passei para a serralharia artística e mais tarde evoluí para o artesanato”. O gosto pelo detalhe, a criatividade e a paixão pela transformação de materiais descartados tornam o seu trabalho verdadeiramente especial.
“São cerca de 50 peças em simultâneo que estou agora a preparar, por etapas. Esta é só a estrutura, explica, mostrando o início do processo. Mesmo com 80 anos, Mário não mostra sinais de abrandar. “Só lhe dava trinta, dizem-lhe. Ele ri-se e responde com carinho: “É a minha mulher que me trata bem”.
O seu espaço de trabalho habitual encontra-se em Póvoa da Lomba, a dois quilómetros de Cantanhede, na Travessa Moinho de Vento, nº 123. No entanto, durante a EXPOFACIC, pode encontrá-lo ao vivo, na zona dedicada ao artesanato, a dar forma às suas engenhocas com alma.
Questionado sobre se isto é um hobby ou profissão, é direto: “Isto agora é só artesanato. A serralharia ficou para trás. É o que gosto de fazer.”
E é impossível não gostar. Cada peça é um testemunho de criatividade, dedicação e de uma vida inteira ao serviço da arte.
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