Uma nova forma de fraude está a preocupar as autoridades norte-americanas. De acordo com um alerta recente do FBI, criminosos têm enviado encomendas inesperadas contendo códigos QR para vítimas aleatórias nos Estados Unidos, como parte de um esquema de phishing e roubo de identidade.
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A denúncia foi inicialmente divulgada pelo TechSpot.
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O golpe começa com o envio de pacotes sem remetente, mas endereçados corretamente à vítima. No interior, é comum haver um bilhete com um código QR e instruções vagas como aceder a mais informações sobre a entrega, devolver o produto ou até reclamar um suposto prémio. A aparência inofensiva e o carácter familiar dos QR codes tornam o esquema especialmente perigoso.
Segundo o FBI, a leitura do código não compromete automaticamente o dispositivo. O verdadeiro perigo reside no redirecionamento para sites falsos, disfarçados de páginas legítimas, que solicitam dados sensíveis como números de cartão de crédito, palavras-passe ou moradas. Em alguns casos, o QR code levou ao descarregamento de malware, permitindo o acesso remoto a contas bancárias, contactos e aplicações pessoais.
A prática foi associada ao chamado brushing, um método fraudulento usado por vendedores online para manipular classificações de produtos. Enviando artigos baratos a destinatários aleatórios, os vendedores criam avaliações “verificadas” falsas. Agora, com a inclusão de códigos QR, o esquema evoluiu para uma ameaça cibernética com potencial de impacto muito mais grave.
De acordo com uma sondagem da NordVPN citada pelo TechSpot, 73% dos americanos escaneiam QR codes sem verificar a sua origem. Estima-se que mais de 26 milhões já tenham sido conduzidos para sites maliciosos por este meio.
As autoridades recomendam que os consumidores não escaneiem códigos QR em pacotes que não esperavam, e verifiquem cuidadosamente o endereço web que surge após a leitura. Em caso de dúvida, o ideal é ignorar o conteúdo e reportar o caso às autoridades locais.
A crescente sofisticação destas fraudes sublinha a importância de manter uma postura vigilante e informada no contacto com tecnologias aparentemente banais do quotidiano.
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