No âmbito da EXPOFACIC, que decorre até dia 10 de agosto, um desafio artístico tem chamado a atenção dos visitantes: a pintura ao vivo da cidade de Coimbra, capturada com criatividade e imaginação por Victor Costa, artista presente na Galeria de Arte Albuquerque e Lima.
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“Estou aqui a pintar desde as 17:30 e vou estar mais duas horas para terminar a obra”, contou o pintor, explicando a técnica usada: “Trabalhamos com tinta acrílica e muita água sobre madeira para preparar uma base, uma cama, para depois pintar.” A obra, explicou, é uma “Coimbra inventada”, onde traçou com um crayon de óleo as linhas que delineiam o perfil da cidade.
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O processo envolve “quadrículas, que consoante sejam mais claras ou mais escuras, conferem-nos a noção de profundidade”, permitindo “viver esses cantos e recantos da cidade”. “Agora é emoção”, confessou Victor, “posso colocar mais umas quadrículas, fazer um risco, um traço… Esta Coimbra é inventada por mim, passa a ser inventada por nós”.
Durante a sessão, o jornalista foi desafiado a experimentar a pintura, recebendo orientações do próprio artista: “Tens aqui uns azuis, uns brancos… O melhor é pincelar e pintar.” Brincando, Victor alertou para “não estragar os cantos e recantos” da pintura, acrescentando que “mais tarde, depois de secar, aparecem nuances que já estavam entrando por baixo e que nos dão reflexo”.
Questionado sobre o que lhe têm perguntado, Victor respondeu: “Já me perguntaram se a arte era prazer ou trabalho. Eu respondi que a arte é trabalho, mas é simultaneamente prazer. Quem começa a viver só visto tem que trabalhar.” A curiosidade do público é grande, sobretudo sobre a evolução da obra, que inicialmente parece apenas “umas manchas azuis” sem forma, o que aguça a expectativa sobre o resultado final.
Para concluir, Victor deixou o convite: “Vamos deixar trabalhar quem sabe.” A EXPOFACIC continua até 10 de agosto, com esta e outras atrações que celebram a cultura, a arte e a inovação da região.
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